•Capítulo 7•

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O homem que eu abracei naquela noite está em meu quarto

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O homem que eu abracei naquela noite está em meu quarto. Sinto sua presença. Agora não é tudo um sonho. Ele está de verdade aqui.

Ele veio até mim e me colocou de pé, permitindo que meus pulmões não tivesse tanta pressão e eu respirasse melhor.

—Shh anjo estou aqui, vamos para casa— Ele disse essas palavras e elas me dão medo imediatamente. Sinto que nada ficará melhor. Sinto que meu inferno está prestes a começar.

Ele me pegou no colo e eu não consegui me mover, meu corpo está em choque, eu não consigo falar nada.

Esse homem está me levando contra minha vontade. Não quero ir, meu corpo está em estado vegetativo. Não consigo lutar contra ele, mesmo que eu queira.

Ele me levou até um carro, percebi que quando passamos pela sala não tinha ninguém. Somente os papéis jogados do meu pai. Sinto que é a última vez que irei olhar para aquela casa. Mesmo com tanto sofrimento e a rejeição do meu pai eu o queria aqui agora, ele poderia impedir que esse homem me levasse. Ele é ruim e meu pai luta contra homens ruins então ele me salvaria.

—Destrua todos esses papéis e qualquer prova que esse inbecil tenha contra nós— Ouço ele falar com alguém, estou em seu colo, como uma criança que está precisando de carinho e cuidado mas não estou precisando de nada disso, eu só preciso sair daqui.

Ele nos colocou dentro de um carro e o sinto se mover, estamos indo embora. Deixo lágrimas caírem, essa é a única coisa que consigo fazer. O homem me segura forte contra seu corpo. Não sei se ele está me protegendo ou me impedindo de fugir.

O homem que está me sequestrando faz carinho em meu rosto. Ele tem um sorriso no rosto. Ele parece feliz, como se tivesse conseguido algo que sempre quis.

—Você é linda minha pequena— Ele pega uma mecha dos meus longos cabelos e cheira— Você tem um cheiro muito bom, esses cabelos são perfeitos. Parece um anjo.

O meu sequestrador abaixou a cabeça e eu pude olhar melhor em seus olhos, eles estão diferentes do nosso último encontro, eles estão frios e escuros, seu olhar me dá medo.

Ele olhou para minha boca e mordeu os próprios lábios. Ele foi abaixando de vagar a cabeça até que seus lábios estivesse colados com os meus. Eu não sinto nada. Somente nojo por esse homem está me beijando sem minha permissão, não é bem um beijo e um selinho mas mesmo assim me dá nojo. Não queria que meu primeiro contato com um homem tivesse sido assim. Seus lábios são macios e frios.

—Minha— Meu sequestrado disse depois do selinho que me deu, ele abaixou a cabeça novamente para me beijar novamente.

Meu corpo saiu do estado de choque que estava, suas palavras reativaram minhas ações. Ele está prestes a me beijar então o empurrei. Agora posso lutar, estou no controle de minhas ações.

—Não— Ele fechou a cara. Vejo ódio em seu rosto

—Não porra nenhuma— Ele leva a mão até meus cabelos os puxando com violência. Sinto dor em meu couro cabeludo, meus olhos se enchem de lágrimas.

—Nunca mais me afaste, ou será pior para você— Faço um "sim" com a cabeça. Ele não parou de puxar meus cabelos, está doendo demais. O que eu fiz pra merecer isso?

Chegamos em uma pista clandestina de pouso e aterrissagem, ele limpou minhas lágrimas e me tirou do carro como se nada tivesse acontecido. Vejo vários homens, todos estão armados, em fila e em frente a um avião, eles me dão muito medo.

Em um momento de distração dele quando estava conversando com aqueles homens. Soltei sua mão do meu braço e saí correndo.

Corro a mais rápido que consigo, perto da pista tem uma pequena floresta, corri até ela. Estou entrando na floresta mas meu corpo foi brutalidade puxado para trás. Lágrimas não param de descer dos meus olhos.

—SOCORRO— Gritei com a esperança de alguém pudesse ouvir —POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDAR— Sua mão veio até minha boca a tampando Ele está me sufocando com ela.

—Cala a boca vadia— Ele me pegou pelos cabelos saindo me puxando em direção ao avião.

Tentei sair dos seus braços fortes, ele puxou ainda mais meus cabelos. Sua mão ainda está na minha boca então em um momento de insanidade eu o mordo.

Mordo com força, sinto o gosto de sangue em meus lábios. Ele se assustou com meu ato e me soltou.

Sai correndo novamente, corri em direção a floresta. Essa pode ser minha única salvação. Eu não posso entrar naquele avião, sinto que se eu entrar nunca mais serei livre.

Estou quase conseguindo entrar na floresta. Mas meu corpo é brutalmente jogado no chão me impedindo de prosseguir. Pela queda o meu corpo todo dói muito.

Ele sobe em cima de mim e me dá um tapa forte na minha face.

—EU PERDI MINHA PACIÊNCIA COM VOCÊ MENINA— Ele grita e me dar mais um tapa. Tento sair de debaixo do seu corpo mas é impossível. Ele e pesado demais.

Meu corpo é muito pequeno em relação ao seu, o homem me pegou pelos cabelos e me arrastou até o avião.

Eu não tenho mais lágrimas, meu corpo dói, meu rosto está pegando fogo. Paramos nos pés da escada da aeronave. Ele pegou alguma coisa com aqueles homens.

—Eu não queria te dopar Anjo, mas você não me deu escolha— Ele colocou um pano em meu nariz. Seguro o máximo que consigo a respiração. Me debato contra seu corpo. Mais lágrimas caíram dos meus olhos.

Soltei a respiração. Não aguentei por muito tempo, então inalei o conteúdo daquele pano. Meu corpo fica mole, meus olhos ficam cansados, ele me pegou no colo me impedindo de cair é foi subindo as escadas do avião.

Olhei para cima vendo o céu de Londres, os pássaros voam livremente, e assim eu tenho uma certeza. Nunca mais irei ser livre e ver esse céu que tanto amo novamente.

Meus olhos estão cansados demais, então me entreguei ao sono.

Meus olhos estão cansados demais, então me entreguei ao sono

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Espero que tenham gostado❤️

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Bem-vinda ao infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora