•Capítulo 23•

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Eu sinto tanto nojo de mim mesma, como eu posso ter gostado de fazer sexo com aquele homem

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Eu sinto tanto nojo de mim mesma, como eu posso ter gostado de fazer sexo com aquele homem. Ele me sequestrou e me machucou muito.

Seu gosto está em minha boca. Já vomitei três vezes, minha garganta dói, meu estômago mais ainda pelo vômito forçado.

Ele trata isso com tanta normalidade que chega a ser assustador. Meus sentimentos estão confusos, nós tivemos uma noite tão boa que eu me senti muito bem em seus braços.

Mas acordamos e ele se transformou no demônio. Primeiro me deu a pílula do dia seguinte e depois me fez fazer aquela coisa nojenta.

Meu couro cabeludo dói pelos seus puxões, tenho vontade de passar a máquina no zero em meus cabelos e me deixar careca para que ele nunca mais os puxe.

Não aguento mais apanhar, seu tapa no meu rosto doeu tanto, eu me sinto inútil por não conseguir lutar contra ele.

Meu medo por Axel cresceu depois da sua despedida. Agora entendo o que ele faz da vida, Axel é um bandido, ele faz parte da máfia. Entendo mais ou menos como uma máfia funciona. Isso e muito assustador. Os mafiosos nunca estão de brincadeira.

Meu pai sempre caçou homens como Axel, ele tinha especialidade em prender e destruir máfias.

Sei como Axel pode ser perigoso. Não sei qual seu cargo na máfia mas ele é muito poderoso. Com ele sendo um bandido minhas chances de fuga só diminuíram.

E aquelas palavras estranhas que ele me falou antes de sair, eu não entendi absurdamente nada. Estou nessa casa a tão pouco tempo mas parece que faz meses.

Sinto falta da praia, do sol batendo em minha pele e de ter meus cabelos soltos voando por causa do vento. Sinto falta de ser livre, de poder andar pelas ruas tranquilamente. Eu estou aqui há poucos dias, mas sinto tanta falta de tudo que eu tinha.

Eu rezo muito para que eu não esteja grávida de Axel. Ele me deu a pílula mas se passou muitos dias, não sei se terá efeito. Ter um filho de Axel seria o pior castigo para mim e para a criança, só de imaginar um bebê meu e dele sinto medo, ele pode tirar o bebê de mim, fazer coisas com ele.

Estou perdida, não sei o que fazer ou para onde ir, mesmo que eu consiga fugir eu não tenho como sair do país e não tenho dinheiro, documentos e proteção, não tenho nada.

Preciso arranjar um aliado, alguém que possa me ajudar a sair dessa casa e do país. Mas todos nessa casa parecem ser robôs de Axel, se eu der um passo em falso ele pode descobrir e acabar comigo.

Me levantei com dificuldade e tomei um banho quente, escovei meus dentes duas vezes, não adiantou muito, toda vez que fecho os olhos sinto seu gosto em minha boca.

Visto uma roupa confortável e quente, o sol está um pouco mais forte hoje, quero ir lá fora e brincar com os cachorros. Com os produtos de maquiagem que estavam à minha disposição tentei cobrir meus hematomas, deu um pouco certo.

Bem-vinda ao infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora