•PREFÁCIO

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Sinto a brisa bater contra meus cabelos, olhei para aquela dimensão em minha frente. O mar, sua beleza me encanta cada vez mais. Me sinto tão tranquila.

O mar me traz muitas lembranças e me dar uma sensação de liberdade. Mamãe dizia que eu era filha do mar, desde pequena eu adorava passar o dia na areia e pegar conchinhas.

Sempre vinha à praia com minha mãe, passávamos a tarde inteira brincando na praia. Uma vez ou outra papai vinha também. Éramos uma família feliz.

Mas agora sempre que posso venho sozinha. Meu pai não liga muito pra isso e faz de tudo para fingir que eu não existo. Tudo por culpa de um acidente. O maldito acidente que vem me destruindo a dez anos.

Me lembro como se fosse hoje. Eu e minha mãe estávamos na praia como outro dia qualquer. Quando estávamos voltando para casa um carro veio em alta velocidade em nossa direção.

Minha mãe me protegeu com seu corpo, ela se sacrificou por mim, mas tem dias que preferia ter ido junto com ela. Eu me lembro de ficar ao lado do seu corpo sem vida até o socorro chegar. O motorista fugiu sem prestar socorros.
Eu tinha oito anos quando tudo aconteceu. Hoje tenho dezoito.

Estou sentada na areia da praia olhando essa dimensão e lamentando os dez anos da morte de minha mãe. Como eu sinto sua falta.

Minha vida nunca mais foi a mesma depois daquele acidente, meu pai se jogou de cara no trabalho e a anos finge que eu não existo. Na escola as coisas só pioraram, eu sofro bullying por ser muito quieta e por não ter mãe.Os meus colegas adoram tirar sarro de mim.

A pouco menos de um ano eu fiz uma amiga. Lily é perfeita, ela é meio que popular na escola, ela começou ser minha amiga meio que do nada. Na época eu adorei pois finalmente tinha uma amiga, agora estou começando a me arrepender.

Nossa amizade é estranha, tem vezes que ela some do nada e aparece como se nada tivesse acontecido. Lyli me faz perguntas muito estranhas que me deixam constrangida as vezes. Lyli sempre me ensentivou a perder a virgindade, até filmes pornos ela me mostrou.

Essa sou eu, uma menina que tem como família um pai que fingir que ela não existe e uma amiga estranha. Estou completamente sozinha no mundo.

Me chamo Aisha Coleman, tenho dezoito anos e lhes apresento como meu inferno começou e eu conheci o próprio diabo.

Bem-vinda ao infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora