•Capítulo 37

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Acordei horas depois

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Acordei horas depois. Axel estava ao meu lado. Não falamos nada um para o outro. Somente me virei para o lado deixando algumas lágrimas caírem. Sinto seu olhar em mim. Ele não parou de me olhar por nem um só segundo.

Ser mãe tão nova nunca passou pela minha cabeça. Eu só tenho dezoito anos e isso para mim estava fora de cogitação. Sempre quis ter uma família. Um marido que me amasse e dois filhos. Primeiro eu me formaria em minha faculdade e depois quem sabe engravidaria.

Todos meus sonhos acabaram quando coloquei meus olhos em Axel. Minha vida foi destruída por causa de um abraço. Nossa lua de mel não estava das melhores. Mas nunca imaginei que terminaria dessa forma.

A existência dessa criança nunca passou pela minha cabeça. Lógico que eu sabia que a possibilidade era grande já que não tomei a pílula do dia seguinte. Mesmo não querendo que esse bebê estivesse dentro de mim. Sua perda dói. O sentimento de perder aquilo que nunca tive entre meus braços é desastroso.

Meu filho está morto. Isso é uma dor incomparável a qualquer outra que eu tenha sentido. Meu pequeno filhinho. A mamãe nunca pode conversar com você enquanto você estava em minha barriga.

Axel foi o causador de tudo isso. Se ele não tivesse me batido eu não teria perdido meu filho. Eu poderia tê-lo em meus braços em alguns meses. Nunca irei perdoar Axel por tirar isso de mim.

O médico entrou no quarto. Ele não olhou na direção de Axel era visível seu medo. Axel era assim, exalava o medo.

—Olá senhora Finkler— Carregar o nome de Axel é ruim demais. Não o respondi, apenas acenei com a cabeça para que ele continuasse.

— Bom fizemos tudo que podíamos, mas infelizmente o seu filho era muito novinho e não resistiu— Levei minha mão até minha barriga deixando algumas lágrimas caírem.

— A senhorita no final da tarde pode voltar para casa. Felizmente não sofreu nenhum dano interno grave.

— Ela pode já pode volta pra casa? Não tem nenhum risco?— Ouvir a voz de Axel me fez chorar mais. Eu não estava suportando ficar ao seu lado.

— Sim senhor. Como falei, ela não sofreu nenhum dano interno grave que a obrigue a ficar aqui. Somente sugiro que tome cuidado com seus machucados externos. Eles podem inflamar.

— ok— Axel concordou

—Senhor Finkler?_ O médico o chamou.

—Fala.

— Sugiro que a leve em um psicólogo. A perda do filho de vocês está sendo muito dura para ela. Mesmo que ele sendo tão novinho.

— Ele era somente meu filho— Axel não tem direito de ser nomeado como pai dessa criança.

— Bom, era somente isso. Com licença— O médico saiu fechado a porta.

— Como está se sentindo?— Axel perguntou.

Bem-vinda ao infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora