•Capítulo 20•

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Me acalmei um pouco

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Me acalmei um pouco. Subi as escadas. Vejo que a porta estava aberta, saí do porão mas não sabia para onde ir. Quando Axel me trouxe pra cá a força, não prestei atenção no caminho, só vi ele entrando em um corredor depois em outro depois não prestei mais atenção.

Estou olhando para os lados quando Beatriz apareceu atrás de mim. Levei um puta susto.

—Meu deus mulher— Disse com a mão no peito.

—O senhor Finkler mandou te buscar senhora— Ela disse de forma robótica.

—Você parece um robô — Disse olhando para as roupas dela, ela está com o mesmo uniforme.

—Não entendi senhora.

—Deixe pra lá— Não quis aprofundar no assunto para não constrange-la.

—Vamos senhora— Ela se virou de costas andando em direção a uma porta. A sigo.

Passamos por três corredores até chegarmos na cozinha. Vejo que tinha alguns empregados nela trabalhando, todos abaixaram a cabeça quando me viram.

Fiquei envergonhada com aquilo, eles não conseguem olhar para mim, devem achar que sou a puta de Axel ou o diabo falou alguma coisa com eles.

—Beatriz— A chamei.

—Pode dizer senhora— Ela se virou para mim.

—Eu estou com fome e sede, você poderia me dar algo.

—Senhora a casa é sua, pode pegar o que quiser— Ela disse. Essa mulher está louca, essa casa nunca irá ser minha.

—Sente-se senhora irei le servir— Me sentei no banquinho em frente a ilha.

Beatriz pegou algumas coisas e começou a me servir, vi que era um macarrão ao molho branco com presunto. Pela comida deveríamos está no horário do almoço.

Deixei algumas lágrimas caírem. Mais lembranças vieram à tona, eu nunca fiquei pensando nessas coisas. Eu tentava o máximo por todos esses anos não pensar muito em minha mãe, mas agora é só o que  consigo fazer.

—Está tudo bem senhora?— Beatriz perguntou me servindo um suco.

—Sim, eu só me lembrei que minha mãe fazia esse prato todo domingo.

—Sinto muito senhora— Ela disse com um leve sorriso. Limpei as lágrimas e comecei a comer. Estava delicioso.

—Beatriz, quanto tempo eu passei lá embaixo?

—Um dia e meio senhora, você dormiu a noite toda e a manhã também— Nossa parecia que eu tinha passado menos tempo naquele lugar.

—Onde estão os cachorrinhos?— Beatriz me olhou espantada, os outros empregados pararam o que estava fazendo e ficaram estáticos.

—Os monstrinhos estão no jardim senhora.

—Por favor não os chame assim— Onde já se viu chamar um cachorro de monstrinho, Axel e louco.

—E o nome deles, senhora.

— A partir de hoje não é mais, e pare de me chamar de senhora isso irrita.

—Não é minha intenção te irritar senhora, mas foram as ordens do senhor Finkler.

—Ok, depois vejo isso com Axel.

—O chefe não gosta que chame ele pelo primeiro nome, garota— Uma voz melosa soou pela cozinha, me virei e vi uma jovem vestida de empregada, ela devia ser um pouco mais velha do que eu.

—Ele não reclamou comigo moça— A mulher olhava para mim com nojo. Eu entendo ela, é impossível não ter nojo do que estou fazendo, eu gostei quando Axel tocou em mim, eu não mereço piedade.

—Mas ele não gosta— Ela rebateu.

—Ok— Foi a única coisa que consegui falar, abaixei minha cabeça começando a comer novamente em silêncio.

Comi o mais rápido que pude, terminei tudo me levantando e levando os talheres até a pia.

—O que está fazendo?— Beatriz me  perguntou.

—Irei lavar os talheres— Respondi meio óbvia.

—Não senhora, isso não e sua obrigação se o senhor Finkler ver isso ele irá me matar— Deixei tudo como estava, não quis contestar, não quero que ninguém sofra por mim já basta eu.

—Irei voltar para o quarto, não precisa me acompanhar Beatriz, sei o caminho— Disse e ela balançou a cabeça concordando.

Estou saindo da cozinha quando ouço a voz melada dá moça incoveniente falar baixinho com alguém.

—Ela é horrível, esses hematomas só a deixou mais feia— Não me virei, reprimir meu choro e continuei meu caminho.

Passei pela sala subindo as escadas, essa casa é tão vazia e triste, sinto pena de Axel nesse quesito, ele parece ser um homem triste e amargurado. Onde está a família de Axel? Isso se ele tiver uma.

Entrei no quarto e está tudo no mesmo lugar. Fui até o banheiro e tomei um banho relaxante, visto outro conjunto moleton preto.

No processo todo não tive coragem de olhar no espelho, eu passava longe e fechava os olhos quando via um. Me sinto tão feia, as palavras daquela moça me atingiram com força.

Fiquei sentada no divã por um bom tempo, pensando na vida e nas minhas atitudes e não cheguei a lugar nenhum. Me estressei e fui para o único lugar que eu irei me sentir melhor nessa casa.

Desci as escadas e segui para a biblioteca. Quando entrei na sala o cheiro dos livros entram por minhas narinas, e tão bom me sinto um pouco feliz, rodei pelas estantes e procurei algo que me agradasse.

Achei uma coleção de livros adultos, eu nunca li esse tipo de coisa, mas agora que tenho dezoito anos irei experimentar.

Peguei um livro que achei mais interessante e me sentei em um divã preto no canto da sala.

(...)

Estou lendo um livro e sinto coisas entre minhas pernas. Meu corpo está quente, esfrego minhas pernas uma na outra para passar o que estou sentindo. E o mesmo calor que sentir quando Axel me tocou com carinho.

Estou na metade do livro e uma cena me chamou a atenção, o casal está fazendo sexo na banheira. A protagonista faz coisas que me deixa curiosa. Meu Deus, o que está acontecendo comigo? Que sensação é essa?

Olhei pela janela e percebi que já está no fim do dia o sol quase não aparece mais. Continuo lendo o livro e não aguentei mais, meu corpo está pegando fogo. A cena da banheira está mexendo comigo. Preciso de alívio.

Fechei o livro depois de marcá-lo. Subi as escadas correndo, eu precisava de um banho gelado urgente, entrei no quarto tirando minha roupa. Ficando somente de calcinha.

Fui para o banheiro e abrir a porta. Fico estática quando vejo Axel super relaxado e com os olhos fechados dentro da banheira. Meu corpo ficou mais quente. O desejo tomou conta das minhas veias. Eu preciso dele.

Espero que tenham gostado ❤️

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Bem-vinda ao infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora