POV:Maia
O frio se intensificava e uma névoa cinzenta começava a se espalhar impedindo que enxergássemos algo. Por isso decidimos procurar um lugar para ficar, pois, poderíamos sofrer um acidente. Além do chão, estár escorregadio, não conseguíamos ver nada além de silhuetas.
Mais algumas horas de fome não nos mataria apesar de termos "comido" na casa do homem.
Skeet dirigia atento e cuidadoso, ele parecia bem sério pela primeira vez, como se nossa vida estivesse nas mãos dele, o que não era muito errado de se pensar.
Lisa dormia escorada em Merlia, que assim como eu, tentava enxergar algo da estrada nebulosa.
Em alguns momentos o carro batia em mortos que vagavam possivelmente sem visões alguma, guiados apenas pelo som.
Não fazíamos ideia de onde estávamos, nesse momento eu me perguntava o que Bia faria se estivesse ainda... conosco. Ainda doía pensar nela depois da cena em que os zumbis a pegaram.
Merlia: tá tudo bem?-ela sussurra para mim, fazendo Skeet desviar o olhar um pouco do volante e conferir se eu não estava sentindo nada e logo voltar a focar na estrada.- você está chorando.
Maia: é esse tempo seco... ta ressecando meus olhos. — limpo meu rosto onde tinha algumas lágrimas. E nesse momento notei que por causa do frio meus dedos estavam quase dormentes e meu rosto não estava diferente.
Esther: Skeet, para onde estamos indo mesmo?
Skeet: não faço a menor ideia.
Caio: estamos dirigindo apenas em círculos?
Skeet: acho que estamos indo reto mesmo... eu não sei.
Esther: como assim você não...
Maia: gente, ele assim como nós, não conhece a cidade, não temos direito nenhum de falar algo. Perder a paciência não ajuda.-todos ficam quietos novamente.
Wike: quando vamos ir para fora?
Maia: já querem descer?-ninguém me responde.- ok, acho que é um não.
Skeet continua a tentar dirigir, mas algo muito grande entra em nossa frente. Não dá para saber o que é, mas Skeet puxa o freio de mão e tenta pisar, mas a neve não ajuda, está escorregadia demais para parar.
O carro estava indo de zigue-zague, mas paramos assim que tivemos vidros estraçalhados e fomos impulsionados para frente. Eu bati a cabeça com toda a força na janela do carro. Nossa sorte foi estarmos todos de cinto de segurança, mas mesmo assim não fomos impedidos de ter mais machucados. Com um pouco de medo e muito frio, ouvimos um grito muito alto e estrondoso.
Descemos do carro, eu estava tonta, tudo girava e meus ouvidos zuniam em um barulho alto e fino, eu mal sabia o que estava acontecendo ou o que estava por vir.
Grunhidos se tornavam cada vez mais presentes e mais próximos.
De uma coisa eu sabia, aquilo não era um zumbi qualquer e sim um 0392. Naquele dia da colheita, vimos um desses, mas hoje parecia mais assustador do que antes, possivelmente devido à neblina.
O cheiro íngreme de sangue e podridão exalava, por todo lugar. Saio do transe assim que vejo aquele monstro se abaixar em nossa direção. Meu raciocínio estava lento, eu ainda estava tonta.
Minha primeira reação foi tentar conferir se alguém estava no carro e realmente estava. Chris, que estava com a perna ferida, estava também preso no cinto de segurança que não soltava por nada.
Abri a porta do carro em desespero e comecei a apertar o encaixe do cinto de segurança e estava realmente travado. O carro começou a ser levantado e o cinto ainda não estava soltando.
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Survive Or die (CONCLUÍDO)
TerrorUm vírus acidentalmente escapa de um laboratório, afetando as pessoas de uma cidade, mas rapidamente se espalha por todo mundo, fazendo-o se tornar um verdadeiro caos. Mas Será que todos sairão intactos nessa historia onde terão apenas que tentar so...