52-ƒℓαsнвαcкs є ∂єsєsρєrσs

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Em um dos lados, ouço a janela quebrar, eu já havia tentado de tudo. Realmente não havia saídas e eu não poderia enfrentar todos eles sozinha e sem armas.

Novamente, eu tento ligar a lanterna, mas em vão. Com ódio e desespero, eu a jogo com força na parede o que faz com que ela acenda e fique parada no chão.

Meus olhos vão para as escadas e uma ideia me vem à mente. Eu não tinha muito a perder, mas não custava arriscar. Abaixo-me pegando aquela lanterna e desligando a mesma.

Subo cada degrau com pressa e receio. Minhas mãos tremiam, meu corpo gelava e arrepios se passavam por todo meu corpo. Talvez devido ao frio, mas não duvido que poderia ser o medo.

Mais uma vez, tentei abrir aquela maçaneta, mas estava trancada. Impacientemente, decidi fazer o que eu estava evitando

Reta, mantive minha postura firme, separei meus pés e encarei aquela porta me perguntando se deveria, mas suspirei por vencida de que minha vida era mais importante do que uma porta. Meus joelhos permaneceram levemente dobrados. Um pouco afastada, apoiei minhas mãos contra o corrimão daquela escada, levantei minha perna direita à altura dos joelhos. Medi minha direção e confirmei que meu pé estava no rumo da porta.

Com todo meu medo e a minha fúria unidos, chutei aquela fechadura da porta com a base de meu pé fazendo aquela porta voar longe. Finalmente eu estava no quarto sem saber o que tinha ali.

Com a cabeça alta e os sentidos aguçados, fui em direção a parte mais clara denunciando a janela. Ao abrir a mesma e olhar lá para baixo, não pude ver nada, pois estava escuro, mas tive a sensação de que se eu pulasse, morreria agora mesmo. Mas não havia outro modo de sair.

Olho para trás e nenhum sinal deles ainda. Meu peito descia e subia ofegantemente. Subi na janela me sentando na mesma. Meus pés balançavam no ar, na expectativa falha de pisar em algo, que pudesse me dizer que não precisaria pular daquela altura.

Fecho os olhos, respiro fundo e me inclino para a frente finalmente soltando minhas mãos daquela janela. Pelo menos se eu morresse, não me tornaria um deles. Ao cair, senti o cortante vento bater em meu rosto o congelando e puxando meus cabelos contra minha direção. Cair parecia algo leve, mas era algo que parecia não ter fim.

Não sei dizer se para minha felicidade ou infelicidade, aquele momento havia acabado. Sinto meu corpo colidir com algo mole, mas com o impulso tornaria doloroso. Meu corpo parecia atravessar uma camada de neve que estava ali no chão. Pelo menos eu enterrei seja lá o que, que amorteceu minha queda.

Grunhidos tomavam conta de todo o local, inclusive vindo em minha direção. Por curiosidade, retirei a lanterna de meu bolso, à procura do botão. Movimento meus dedos por toda a extensão da lanterna até finalmente achar o botão e conseguir ligar. Miro ligeiramente para o lugar onde estava, vendo que se tratava de um zumbi, mas daqueles lentos para a minha sorte.

Sem tempo, desligo a lanterna. Eu pensei em correr em direção a casa murada, mas ficava próxima à parte da frente da casa, onde estava lotada agora e eu não iria arriscar. Indo pelos fundos em plena escuridão, sinto minha respiração gelada, meus ouvidos estavam irritados com aquele maldito alarme que soava desde que entrei naquela casa.

Alguns minutos andando sorrateiramente por aquela estrada escura, senti um vento gelado como se fosse um vulto passando por trás próximo a mim. Estive evitando, mas sabia que precisaria de ligar a lanterna, não queria chamar mais atenção.

Apresso meus passos tentando sair de perto de seja lá o que for aquilo. Meus pés estalavam e se enfiavam na neve o tempo todo. O meu corpo tremia diante do medo, meus pelos se arrepiaram e meu coração ainda estava disparado.

Survive Or die (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora