04-sαir ∂α ci∂α∂є?

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Pov: Maia

No meio da escuridão, somos como um bebê.

Maia: Não podemos deixar que ela acenda as velas, eles vão nos perceber. - sussurro de uma forma audível.

Ele corre em direção a cozinha a chamando e eu o sigo, mas na cozinha não tem ninguém e a porta está aberta. Entramos em duplo desespero correndo para fora, mas antes de sair eu pego uma faca, não poderia sair assim indefesa.

Assim que saímos a vimos de cara com um deles se arrastando, ele seria um senhor de quase oitenta anos que estaria com metade da cara deformada por uma mordida, a lua seria nossa única forma de enxergar.

Bia: Oh! João não está bem... Temos que ajudá-lo, vamos crianças, vamos levar ele para dentro.

Chris: Não vó... ele está morto.

Bia: Não está não, ele está se arrastando e falando- o homem daria um grunhido mostrando seus dentes-viram?

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, algo pula em mim, e com o impulso me derruba de cara no chão e a faca voa para longe do meu alcance. Posso ouvir um grunhido vindo de cima de mim, mais um deles. Sinto o seu peso se dividir entre o meu corpo e algo gelado encosta em meu pescoço possivelmente sua boca.

Maia: ajudem-me!

Chris: vó temos que fazer algo, ele vai morder ela! O que vamos faz...

Vejo Bia empurrar a coisa de cima de mim que cai para o lado e logo a atenção vai para a senhora que esboça uma reação de medo. Ela corre em direção a faca a pegando e cravando na cabeça do senhor, espirrando sangue para todo lado.

Bia: Morra! E não mexa com meus niños! Vamos entrar... está ficando perigoso.

Ela me ajuda a levantar, e todos entramos em silencio evitando tocar no assunto do "assassinato". Bia tranca a porta, e lava as mãos, por um momento algo fica tenso, mas logo ela vira e sorri.

Bia: Precisamos cuidar de sua ferida, eu já volto. - ela entra em uma porta.

Chris: foi mordida?

Maia: não, sua vó impediu.

Chris: não estou falando disso, a vovó disse que precisa cuidar de sua ferida. - senti uma desconfiança em sua voz

Maia: ah, isso... Eu cai de um penhasco e bati o queixo em uma pedra

Chris: Como está viva ainda?

Maia: sou imune a quedas-gargalho.

Bia: achei- ela acende velas- deixe-me ver a ferida. -ergo o pescoço- isso está inchadíssimo -sinto passar algo gelado em minha ferida que arde um pouco. - é uma pomada natural de ervas- Ela se afasta e coloca a pomada em uma gaveta de um armário e se aproxima com um copo.- beba esse chá, vai te fazer muito bem.

Assim que bebo um pouco, sinto o gosto amargo, não me parecia muito bom.

Maia: isso é chá de que?-pergunto com uma careta.

Chris: Ervas.

Bia: estão com fome? Eu vou fazer a janta- Diz sem nem esperar respostas- Maia, beba tudo!

Chris: Se bebesse de uma vez, seria mais fácil. - Chris parecia estar se divertindo com minhas caretas. Após ouvir isso, eu viro o copo de uma vez e coloco na pia.

Bia: vou esquentar os tacos.

Ela embrulha seis tacos da geladeira em papeis de alumínio, colocando um de cada vez em uma frigideira e virando-os rapidamente, em questão de minutos, estariam prontos. Ela colocaria na mesa em seguida abriria a geladeira e retirando uma jarra de dentro da mesma, nos servindo algo, possivelmente suco.

Survive Or die (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora