POV: MAIA
Eu preciso de ajuda... Não irei aguentar por tanto tempo... eles vão me pegar.
Está escuro, e eu não parei de correr e nem de ser perseguida. Meu queixo lateja e as minhas pernas estão bambas, é como se eu já estivesse à noite toda correndo. Sinto algo molhar meu corpo todo abaixo da cintura. Provavelmente, um rio pelo barulho corrente. A correnteza não está tão forte, mas tomo a decisão de nadar para ir em ''segurança''. Algas e lodos penduram no fino tecido de minha calça a todo o momento, mas algo me preocupa, não estou sozinha na água.
Acelero o meu modo de nadar. Assim que chego à margem, eu começo a correr se minha vida dependesse disso.
Em pouco tempo, saio daquela floresta chegando a um vilarejo.
Maia: ALGUÉM ME AJUDA!
Correndo eu chego gritando, e uma luz de uma casa mais afastada se acende e eu corro até ela.
Maia: Tem gente querendo me morder!
Até que um rapaz abre a porta se revelando, olhos castanhos como um escuro lago, sua boca era avermelhada como um morango, ele era branco como a neve, cabelos pretos lisos bem penteados jogados para o lado, um terno preto com listras brancas na vertical e um sapato de ponta fina cobrindo seu corpo magro.
Como esse cara está bem arrumado em meio ao caos?
Ele sorri e entra novamente na casa sem dar as costas para mim, ainda me encarando, e logo desaparece deixando a porta aberta e eu fico com cara de tacho sem saber o que fazer.
Maia: Vai deixar a porta aberta mesmo?-grito
Após minutos ele volta e diz com uma voz baixa, ainda sorridente, como se aquele sorriso estivesse grudado na cara dele.
Rapaz: Era pra você entrar.
Maia: Ok, mas... Você com esse sorriso ta me dando medo.
Ele entra de novo ainda sorrindo e dessa vez, eu o sigo hesitante e fecho a porta.
Cada maluco com sua mania
Ele continua a andar e eu o sigo. Ele entra em um banheiro e fecha a porta e eu começo a rir ironicamente. Isso só pode ser brincadeira! Logo aparece uma senhora de longos cabelos brancos amarrados em duas tranças, um vestido branco florido e um óculos redondo. Ela se espanta ao me ver, mas logo sorri amigável.
Senhora: Ah, oi querida... Eu não vi você chegar, é amiga do Chris?
Maia: Ah, oi!-daria um sorriso fraco- na verdade, eu estava na cidade e vim correndo daquelas coisas que estão lá fora, tava gritando por Socorro e Chris abriu a porta e me disse para seguir ele, e eu segui e estou aqui com a porta do banheiro fechada em minha cara, senhora...
A senhora daria uma gargalhada
Senhora: Coisas? Ah esquece... pode me chamar de Bia. Venha cá, vamos sentar, fique á vontade.
Ela chegaria a uma sala simples e se sentaria em uma poltrona me convidando a sentar na outra.
Maia: Então... Eu não posso me sentar... Eu atravessei o rio nadando e minha roupa está encharcada
Bia: Oh! Pobrezinha, vai pegar um resfriado, Vamos trocar essa roupa mocinha, eu vou te levar até o seu quarto, venha! O que houve com o seu queixo?
Ela me chama subindo as escadas e me levando a um quarto onde tinha uma cama Box. O papel de parede era floral e um guarda roupas de madeira grande, ocupava um longo espaço do quarto. Bia colocaria um vestido em cima da cama e uma toalha.
Maia: Bati em uma pedra, está doendo muito.-respondo sua pergunta.
Bia: Ah, tome um banho e eu irei cuidar disso depois. - sorri simpática.- Eu peguei esse vestido das minhas roupas, foi o mais ou menos que achei- ri- meus vestidos não se adaptariam ao estilo de uma jovem bonita como você. Bom se precisar me grite... fique a vontade querida.
Ela sai fechando a porta me deixando sozinha naquele imenso espaço silencioso. Logo entro no banheiro, tiro minha mochila e a roupa ali mesmo e entro no chuveiro sentindo vários pingos quentes caírem sob meu cabelo e escorrendo pelo meu corpo, me dando uma sensação de que tudo isso iria passar logo. Ao desligar o chuveiro, um barulho de peças enferrujadas ecoa.
Vou até o quarto, visto o vestido fofoquinha vermelho cheio de flores. Vou usar isso apenas pra dormir, sou nem doida de sair assim. Estendo a minha roupa molhada no Box do banheiro, Abro a mochila vendo meu walkie-talkie, testo e percebo que são a prova de água -Funcionava perfeitamente- guardo eles e desço as escadas dando de cara com o tal Chris.
Chris: O-oi-falaria ainda baixo dando um sorriso normal agora. -eu sou o Chris e eu não sei o que minha vó disse, mas eu peço desculpas por ter te assustado quando chegou, eu não sou bom em lidar com visitas.
Maia: Ah sim, eu te entendo... Afinal, eu sou a Maia. Mas eu não entendo algumas coisas. Vocês não viram aquelas coisas lá fora? E por que vocês estão tão limpos assim em meio aquele caos? Por que está usando terno? Por que estão tão tranqüilos?
Chris daria uma gargalhada
Chris: Muito direta... quando tudo começou, eu estava em um casamento... O casamento- se corrigiu- era o dia da minha irmã. Estava tudo lindo, mas ai, o meu tio começou a se debater e atacar a todos, e alguns começaram a ficar como ele, já outros, foram devorados por completo.
Ele daria uma pausa finalizando com um semblante serio
Chris: Eu que nunca fui de interagir com todos, estava em meu canto, calado. Mas quando vi que a coisa estava ficando feia, e a vovó estava distraída. A chamei e trouxe-a para cá, não estava tão feio assim quando saímos, então viemos de carro mesmo. Ela sempre morou aqui, e eu a trouxe de volta, para onde ela deveria ficar. Ela é a minha família agora, e estamos tranqüilos porque ela não sabe daquelas coisas. Ela estava lá também, mas não estava prestando atenção e quando tentei contar a ela, ela me disse que eu estava vendo TV de mais. E eu nem vejo Tv.- as luzes começam a piscar chamando nossa atenção- pelo menos nós chegamos aqui em segurança. -Bia aparece.
Bia: Está linda com o meu vestido. Pode ficar pra você!-falaria empolgada-alguém sabe onde tem velas aqui?
Chris: Dentro da gaveta de baixo, na cozinha.- Ela sorriria e apertaria as bochechas do Chris e sairia.
Maia: Sabe que uma hora ela precisará saber... não é?
Ele assente.
Chris: Não sei como contar.
Maia: Se com você dizendo ela não acreditou, acho que apenas vendo.
A casa ficaria escura, dando o Sinal de falta de energia. E para a nossa alegria a falta de energia, está acompanhada de grunhidos.
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Bom dia, boa tarde ou boa noite! Serumaninhos, plantas, vegetais, animais, zumbis, seja o que você for...
O que estão achando? Será que eles são mesmo gente boa? O que vai acontecer?
Vocês não têm noção de como queria publicar logo essa parte.
Eu to muito ansiosa pelo que vem a frente... Espero que vocês estejam gostando.
Este foi meu terceiro capítulo. Eu espero que tenham gostado, que votem, comentem e recomendem
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Survive Or die (CONCLUÍDO)
HorrorUm vírus acidentalmente escapa de um laboratório, afetando as pessoas de uma cidade, mas rapidamente se espalha por todo mundo, fazendo-o se tornar um verdadeiro caos. Mas Será que todos sairão intactos nessa historia onde terão apenas que tentar so...