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Pov: Maia

Isso não são pessoas, parecem mortos. Talvez eu seja a única esperança... ou não.

Eu estou em cima de um muro alto que consegui subir, e eles estão em baixo tentando me alcançar. Abro o squeeze que provavelmente teria água, e dou um gole, e seja lá o que tinha nessa garrafa, desce rasgando.

Maia: Que merda é essa?

Coloco o objeto perto de meu nariz e um cheiro forte de álcool invade minhas narinas e eu percebo que tem cachaça, não água. Conheci logo o cheiro por lembranças de pessoas bêbadas que conheci na rua, e isso me faz ter calafrios. Balanço a cabeça negativamente para expulsar essas malditas lembranças.

Coloco o squeeze de volta na bolsa, pois talvez eu possa precisar mais tarde, nunca se sabe. Reviro mais a mochila e pego uma daquelas garrafas de água que tinha encontrado mais cedo na loja de conveniências. Antes de beber, começo a cheirar para conferir se é água mesmo e realmente parecia ser. Então viro de uma vez e deixo a garrafa vazia, colocando-a de volta na mochila.

Fico de pé no muro, e os grunhidos ficam mais altos, coloco um pé na frente do outro me equilibrando e assim faço com o outro, começo andar calmamente em cima do muro. Após chegar ao fim, eu pulo para o lado visivelmente vazio pra dentro do quintal de uma casa. A porta principal está aberta, eu não perco essa chance e então eu entro e vou direto para a cozinha.

Casa silenciosa, estranho.

Abro as gavetas, encontrando barrinhas de cereais. Enfio onde cabe na bolsa e devoro umas três de uma vez, pois a fome era muita.

À procura de algo útil, entro em um dos quartos e dou de cara com um corpo que parecia ser uma mulher, seu pescoço estava pendurado em uma corda amarrada no ventilador de teto, enquanto segurava uma espingarda e em baixo estaria uma enorme poça de sangue acompanhada de um cheiro horrível. Fecho a porta e vou até o banheiro, eu preciso muito de um banho.

Tranco a porta, tiro minha roupa e ligo o chuveiro, não perco muito tempo e entro debaixo da água, os pingos gelados caindo sob minhas costas, me trazem recordações de quando eu ainda tinha uma casa, definitivamente eu não me lembrava que tomar banho era tão bom assim.

Ah, quanto tempo não tomo um banho! Melhor sensação.

Saio do banheiro, tampo meu nariz e entro no quarto daquela moça novamente, vou até o guarda roupas, pego uma calcinha com etiquetas, possivelmente ela era vendedora de roupas, pois tinha várias outras roupas com etiquetas. Pego uma calça do exército e uma blusa regata branca.

Volto pra cozinha pegando a minha mochila e saindo da casa. Amarro meus cabelos em um rabo de cavalo enquanto passo pelo portão. Vejo mais canibais ali próximos, mas eles não me vêem, aproveito e saio sorrateiramente. Após despistar, continuo a andar normalmente pelas ruas como se nada estivesse a acontecer, como se fosse apenas outro dia normal.

Tudo estaria calmo, parado e chato...

Fecho os olhos, ainda andando, pensando em como tudo teria acontecido rápido e qual poderia ter sido a causa. Abro somente um olho e vejo que logo a frente teria uma curva, fecho o olho novamente.

Não demorou para escutar grunhidos, amedrontada abri os olhos arregalando-os e percebendo que Três canibais lentos vêm à minha direção. Eu estava decidida a passar por ali mesmo, com passos largos e ligeiros, pois não haveria mais tempo para voltar, além do mais, assim eu posso andar a vida toda que eles não me alcançariam.

Virando a rua distraída, daria de cara com mais três. Emburrada, pararia colocando a mão na cintura e fazendo careta misturada com insatisfação e deboche olhando para os canibais, como se fosse isso fosse matá-los.

Que palhaçada é essa?

Desvio daquela rua agora com seis canibais na minha cola.

Olho para o céu vendo vestígios do sol que logo iria desaparecer por aquelas montanhas nubladas.

Será que eles ainda se lembram de quem são? Será que sabem o porquê de estarem comendo outras pessoas? Tipo, o que eles ganham? Será que estão com fome mesmo?

Olho para frente vendo um bando e já é tarde, Já me viram. Saio correndo de volta pelo caminho que vim, passando pelos canibais sonsos, quando estou mais na frente, olho para trás vendo o enorme grupo. Tenho uma leve impressão de que um chama a atenção do outro, pois o número deles aumentou.

Continuo a correr tanto, que nem me dou conta de que eu estaria indo na direção de um barranco alto, assim que fui perceber, me restaram apenas duas decisões, pular ou morrer.

Eu ouvia os grunhidos se aproximando de mim, era como se eles estivessem rindo da minha cara por estar inofensiva contra eles. Não tinha volta, eu estava cercada, em meio a pessoas desfiguradas famintas.

Viro e olho pros mesmos, e olho novamente para baixo, sem escolha, pulo de uma vez, sem conseguir ver o que haveria ali em baixo.

Sinto uma dor forte ao extremo, percebo que teria batido meu queixo em uma pedra enorme que teria ali.

Tenho sérios problemas por ter pulado como se fosse uma piscina.

Saio rápido, ignorando o fato de estar sentindo uma dor, como se tivessem arrancado todos os meus dentes sem anestesia e logo socado meu queixo. Eu estranho o fato daqueles bichos estarem pulando ali também, eles devem ser loucos que fugitivos de alguma clínica psiquiátrica, não têm outra explicação só pode ser isso, talvez um tipo de distúrbio diferente que é passado por uma mordida? Isso não importa muito agora... continuo a correr, porém entre árvores agora.

Eu tenho que tomar uma atitude! Eles me fizeram pular daquele barranco e quase morrer. Sim! Eu poderia morrer.

Pego um pedaço de pau e continuo correndo, pela minha vida.

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Olá serumaninhos, plantas, vegetais, animais, zumbis, seja o que você for... Olá. Este foi meu segundo capitulo, o capitulo foi meio curto, mas eu espero que tenham gostado, que votem, comentem e recomendem

O que estão achando? O que vai acontecer com a Maia?

NÃO SEJAM MORDIDOS!

Survive Or die (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora