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Pov: Maia

Acordo sentindo o meu corpo totalmente dolorido, minhas pernas latejantes . Em meus braços, haviam enormes cortes que ainda sangravam. Olho para baixo vendo que minha roupa estava com Manchas de sangue, algumas até estavam secas. Eu não tinha a noção por quanto tempo apaguei.

Lentamente viro minha cabeça para o meu lado vendo que tudo está inclinado. Meus olhos correm por todo o local, não vejo nada e nem ninguém. Retiro o cinto  me virando para conferir se estava mesmo sozinha. Mais para trás, o teto está totalmente amassado deixando tudo escuro.

Maia: alguém ai?-minha voz sai rouca e muito baixa, tão baixa que quase eu mesma não consegui ouvir.

Levanto-me, sentindo meu corpo doer mais ao me esticar. Era uma dor aguda e, ao mesmo tempo, ardida, como se estivessem torcendo meu corpo. Minhas pernas pareciam que iriam quebrar ao meio.

Tentando livrar minha mente dos sentidos de dor por todo o meu corpo, eu caminhei lentamente em direção à porta com medo do que poderia encontrar.

Mas antes que eu chegue, ouço uma voz vinda do escuro.

JKJ: Maia? Preciso... — Ela não termina de falar, era como se estivesse com falta de ar ou algo assim. É uma voz feminina familiar, mas minha cabeça está tão cheia que não me deixa lembrar.

Maia: Precisa de quê? Quem é?- Minha voz mesmo rouca, dava para ouvir um pouco melhor.

JKJ: Helena... ajuda!

Vou mancando até ela, mesmo sem ver sua direção.

Maia: Onde estão os outros?

Helena: buscar... Ajuda...

Maia: Por que está no escuro?- me aproximo lentamente receosa.

Helena: não... sei.

Maia: ok, preciso que me ajude ok? Vou te puxar e vai ter que ficar de pé. — Sigo até de onde vem a respiração ofegante, e me abaixo sentindo minhas costas estralar e doer imensamente. Eu apalpava o ar e o chão procurando suas mãos, até encontrar.- Mãos geladas.

Helena: estou... aqui!- Sua voz como um sussurro vem do lado oposto de onde estou.

Maia: se essa mão não é sua, de quem é?-Largo a mão gelada rapidamente e vou até ela que não me responde. — bom, não importa... eu acho.- Pego nas mãos dela- Pronta?

Helena: sim!

Eu a puxo de uma vez sentindo meu corpo pulsar e ela dá um urro alto de dor.

Ela deve estar mesmo, muito ferida!

Passo um braço dela por meus ombros e o meu vai por seus ombros igualmente e vamos andando de vagar. Um som estranho vem de baixo de nós e tudo começa a balançar.

Maia: temos que sair daqui!- Eu tentava apressar meus passos, mas minhas pernas doloridas me impediam e o veículo inclinado também não ajudava. Além disso, Helena também quase não conseguia me acompanhar.

Ao chegar um pouco mais a frente, onde estava mais claro, inocentemente ao olhar para o lado, percebo que Helena estava com um ferro atravessando sua barriga que saia por suas costas. Ver aquilo me deixou horrorizada.

Era para ela estar morta! Não tenho tempo para isso, tenho que sair daqui!

Ao chegar na porta, consigo Ajudar Helena ir para fora primeiro, pois a entrada era estreita para as duas passarem juntas.

A situação não estava muito boa, nosso veículo estava em um penhasco muito alto, a cabine estava ainda em cima, o resto, estava descendo gradualmente.

Survive Or die (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora