[...como efeito colateral dessa brincadeira, eles acabam vivendo lindas histórias de
amor. ]
O cargo almejado por João de Matos Bragança era o de Senador, mas infelizmente
ele e sua esposa sofreram um terrível acidente antes mesmo que pudesse inic...
Agradeço a paciência, mas a espera não foi tão longa assim, foi? Promessa é dívida, caro leitor, e cá estamos novamente para descrever as desventuras dos irmãos e seus amigos em busca do (inexistente) assassino do Sr. e Sra. Bragança.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Perceba a graça da situação: quatro homens feitos, enganados por quem eles consideram ser uma garotinha inocente, partirem para a delegacia uma semana após terem chegado no Brasil a fim de resolverem a situação e mudar o status da morte de "acidente" para "assassinato". É claro, Ana Francisca sempre adorou pregar peças nos irmãos e se divertir com a expressão de confusão no rosto deles, mas nem mesmo Augusto imaginou que ela fosse capaz de fazer algo assim com um assunto tão sério. Por isso mesmo eles foram enganados. Caíram como patinhos.
— Boa tarde, — o delegado estendeu a mão para cada um deles, se inclinando através de sua mesa — é um prazer conhecê-los Dr. André e Dr. Augusto. Dr. Carlos, como vai? E o outro cavalheiro...?
— Nicolas Armand, senhor. — O rapaz tirou o chapéu como um gesto de respeito e acenou com a cabeça, se sentando ao lado dos amigos. — Eu era policial investigativo na Inglaterra.
Henrique ergueu as sobrancelhas, surpreso. Trouxeram um policial? Qual era o intuito disso? As pessoas costumavam levar advogados na delegacia, mas os Bragança não teriam por quê fazer isso, já que advogavam na Inglaterra há alguns anos, Henrique sabia, e eram muito bons nisso pelo que se dizia, especialmente o mais velho. De qualquer modo, ele sentiu que a presença do rapaz ali tinha o intuito de intimidá-lo, embora o tal Nicolas não fosse exatamente uma pessoa que passasse ares intimidadores.
— Pois bem, em que posso ajudá-los?
— O senhor investigou o caso dos nossos pais, não? — André começou e Henrique fez que sim com a cabeça.
— Investigou direito? — Augusto já completou a pergunta do irmão.
— O que quer dizer com isso, doutor? — Henrique franziu a testa e se ajeitou na cadeira, percebendo que a visita deles não era em nada amistosa.
— O que queremos dizer é que temos razões para acreditar que não tenha sido um acidente, e precisamos que o senhor abra o caso novamente e continue a investigar, doutor. — André falou, entrelaçando os dedos e se ajeitando na cadeira do mesmo modo como Henrique fez porque aquilo era uma das formas de se mostrar não estar intimidado e ele sabia disso.
— Investigar, e dessa vez direito. — Augusto completou.
Henrique ficou um ou dois segundos em silêncio, pensando naquela possibilidade e sorriu minimamente.
— Estão querendo dizer que foi um assassinato? — Ele balançou a cabeça, fazendo que não — Eu estava lá. Acreditem, não existem motivos para pensar que foi algo além de um acidente.
— Existem novas provas. — Nicolas tomou a frente — Provas que o senhor provavelmente não teve acesso.
— Quais? — Henrique franziu a testa novamente, mas agora mais de modo interessado.