O Caminho da Vilania

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ESTA HISTÓRIA NÃO É SOBRE UM ROMANCE

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Quando Antônio procurou Ana Francisca para ajudar em sua vingança contra o Prefeito, que tão covardemente tirou a vida de duas crianças inocentes, ele não imaginou que a entrega sairia bem melhor do que a encomenda.

Ana Francisca era inteligente e, junto com aquele criado, o tal do Courtney, tinha ideias milaborantes. Ideias criativas, e até um pouco loucas, mas eficientes. É verdade que esse criado era amigo de Cristine desde sempre, e Antônio já o conhecia, porque ele sabia bem sobre a vida de todos que estavam ao redor dela, mas o homem parecia ser fiel à Bragança acima de tudo.

A ideia era que Ana Francisca colocasse a cara a tapa, porque os Bragança não tinham tanta força política e ainda mais com ela casada com o filho do Prefeito, o homem não a veria como uma ameaça de fato. Mas Antônio estaria por trás de tudo.

E, assim, elaboraram o que aconteceria dentro daquele um mês em que ela ficaria longe, em lua de mel, e para colocar seu plano em prática só encontravam um empecilho: Carlos era a peça chave.

— Mas o quê? Vocês estão loucos?!

Antônio se inclinou sentado no sofá, se apoiando nos próprios joelhos na direção do homem que foi seu amigo de infância e com quem tinha retomado a relação depois que ele salvou Cristine e ao menos dois dos pequenos.

— Não é loucura

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— Não é loucura. É um modo seguro. O Prefeito só vai nas missas aos domingos, enquanto que a filha dele vai absolutamente todos os dias.

— E vocês querem que eu o quê?

Ana Francisca suspirou por ter que explicar de novo.

— Que conquiste a moça. Não vai ser nada tão difícil, eu garanto. Victor me contou sobre ela, é uma mulher solitária e sonha com o dia em que Deus vai enviar alguém para salvá-la do tédio que é a vida. A única fagulha de emoção que ela tem é podendo observar a vida do pai, como um folhetim que se acompanha toda semana. Ela provavelmente sabe de tudo, Carlos.

— Mas ela não era casada? — Carlos olhou de um para o outro em tom de desespero.

— Não mais, Sr. Carlos. — Courtney respondeu — O sujeito estava desaparecido há um tempo, mas na verdade está morto. Ela soube recentemente.

— Vocês mataram ele?! — Carlos perguntou, assustado.

— É claro que não. — Antônio respondeu como se aquilo não fosse algo que ele faria, mas todos naquele escritório sabiam que ele era capaz, só não precisou. — Já estava morto quando o encontramos.

— E ela sabe?

— Soube recentemente. — Ana Francisca respondeu. — Por uma carta anônima.

Bragança & CiaOnde histórias criam vida. Descubra agora