Aquilo que deixei para trás [Sasuke]

Um verdadeiro ato de amor

PoV Hikari

Eu ainda estava anestesiada com tudo o que aconteceu. Madara e Sasuke, ao mesmo tempo me levou para um patamar de prazer que nunca imaginei provar. E mais: aquela visão de Sasuke dominador e safado mexeu comigo de tal forma que eu acreditei que pudesse gozar, só com aquele tapa na cara.

Após o sexo, Madara como sempre foi um fofo e me acolheu carinhosamente. Sasuke ainda não era experiente nisso, mas, me ajudou durante o banho à sua maneira o que achei ainda mais maravilhoso.

Não demorou até que eu estivesse pronta, com minha roupa tradicional de missões. O batido shorts preto, a sandália de cano alto e a camisa no estilo quimono de mangas largas.

Arrumei as coisas, deixei a casa da forma que a encontrei. Exceto pela ausência de poeira, o local ainda parecia abandonado há algum tempo. E era exatamente isso que eu queria. Em pouco tempo a poeira se instalaria e nossos vestígios seriam consumidos.

Ninguém saberia de Madara. E tinha que ser assim. Afinal, se o poder daquele homem caíssem em mãos erradas, estávamos ferrados.

Os dois Uchihas estavam na sala, quando  me juntei a eles, o mais velho nos encarou e perguntou sério:

- Antes de irmos, sejam honestos. O que vai me esperar lá? - Ele parecia tenso.

- Você não parecia preocupado com isso quando me ameaçou. - Falou Sasuke sério.

Eles se entreolharam cheios de raiva, nem parecia que a vinte minutos atrás estavam sendo belos camaradas durante a transa. Revirei os olhos.

- Provavelmente, a maior ninja médica de Konoha te espera para fazer exames e tentar identificar como te trouxeram de volta. Não tem o que se preocupar. - Falei calma.

Madara me encarou por um momento, como se não entendesse muito bem o que eu disse. Mas, preferi ignorar o homem.

- Vamos então. - Sasuke disse sério, em direção à saída.

Antes que a mão dele tocasse na porta, senti um aperto no coração. Uma agonia intensa e sem motivo que pareceu corroer meu ser. Uma sensação tão estranha quanto o incômodo ensurdecedor do som frenético de um violino desafinado. Ou então, da angústia de arranhões sobre uma lousa verde de escola.

Tão sem sentido quanto esses exemplos, dei um passo para trás.

Madara e Sasuke me encararam com um ar de estranheza.

- Não podemos sair daqui? - Perguntei tentando soar tranquila. - Vamos com seu rinnegan, não vamos?

- Vamos, mas aqui não dá. Lá fora é melhor. - Sasuke respondeu calmo.

- Entendo. - A sensação não ia embora, pelo contrário. Parecia me corroer. Por isso, sugeri. - Então, vamos criar uma formação. Eu não sinto nenhum chakra diferente por perto, mas... É melhor.

- Também não registrei nenhuma ameaça. Mas, todo cuidado é pouco. Vamos pensar em uma formação. - Ele respondeu com calma.

- Sasuke na frente e eu atrás? - Disse Madara cheio de duplo sentido.

Sasuke sorriu maliciosamente e meio sem paciência disse: