Nessa história, Sasuke vive intensamente as marcas do seu passado com Orochimaru, principalmente porque depois de 12 anos ele reencontra sua primeira experiência amorosa: Hikari Uchiha.
Agora, o ninja é obrigado a confrontar seu passado de peito ab...
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Não dormimos juntos ou abraçados, o que tradicionalmente aconteceria se fosse Sasuke. Mas, não é nenhuma surpresa que acordamos atrasados, arrumamos as coisas correndo e saímos a passos rápidos.
Só não corríamos, porque a margem de atraso não era tão preocupante assim.
Não falamos sobre o que aconteceu, no entanto, os olhares denunciaram as lembranças. Ou ainda, algumas vezes durante as poucas conversas que tivemos um toque descompromissado no ombro ou no cabelo denunciava todas as vezes que nos entregamos.
Estávamos a poucos passos do ponto de encontro quando Shikamaru me puxou pelo braço. Nossa distância era o suficiente para que pudesse ver a silhueta preta de Sasuke e o Vermelho vivo do cabelo de Karin.
Shika me forçou a ficar de frente para ele.
- Antes de chegarmos eu preciso saber: o Sasuke sabe do que aconteceu ontem?
Inconscientemente, virei o rosto na direção de Sasuke, para encara-lo. Mas, Shikamaru puxou meu queixo.
- Não olha para lá e responde a pergunta. Você não sabe ser discreta? - Ele parecia ansioso e até nervoso.
- Você está com medo do Sasuke?
- Não é bem medo. Mas, não queria passar por uma situação desconfortável.
- Calma. Estávamos distantes demais para ele saber o que aconteceu. Se tudo der certo, o selamento não teve efeito nenhum. Então, é só... agirmos naturalmente.
E isso era possível? Depois do dia anterior as coisas estavam estranhas entre nós dois. Eu e Shikamaru parecíamos dois adolescentes inexperientes e tímidos.
- E quanto a Temari? Vocês realmente tem um lance aberto? - Perguntei aproveitando o momento.
Ele concordou.
- Mas, eu não vou falar para ela… Eu não quero que ela saiba… de tudo. - Ele concluiu com pesar na voz.
- Nós parecemos dois criminosos.
- Eu me sinto assim, pelo menos.
- Eu também.
Nos entreolhamos. Estava evidente que não queríamos nos aproximar e certamente não demoraria para que eles se aproximassem. A tensão estava entre nós.
- Não temos opção. - Eu disse com calma- Não dá para voltar atrás, é só...
- Agir naturalmente. - Shikamaru completou minha frase. - Mas ainda assim… - ele se aproximou de mim, tirou um pouco da franja que caía sobre minhas orelhas e sussurrou. - Eu faria tudo de novo.
Arrepiei e o empurrei, corada.
- Cala a boca seu idiota! Para de falar isso! - Enquanto eu boquejava e o estapeava ele ria.
Sasuke e Karin se aproximaram. Ela estava cheia de calma e tranquilidade, bem diferente do meu estado de espírito. Aliás, se eu pudesse, fugia dalí e ia sozinha salvar meus filhos. Mas não dava.
- Olá! - Disse levantando uma das mãos e acenando.- O time de Kakashi está atrasado? - Perguntei animosamente.
- Você também estão. - Disse Sasuke com determinada inperatividade na voz.
Será que Sasuke notou aquela aproximação? No entanto, não era nada demais. Não tinha nenhuma prova de que estávamos juntos. E eu defenderia que nunca aconteceu nada até o túmulo.
Por um instante, senti a marca queimar. Olhei para meu braço instintivamente e cocei. Logo em seguida, um sentimento de profunda raiva me invadiu e mais uma vez, não era meu. Era o ciúmes de Sasuke que me invadia.
Automaticamente o encarei, mas ele desviou o olhar.
Shikamaru percebeu a tensão e estressado, acendeu mais um cigarro.
- A culpa foi minha. Eu estava cansada e dormi demais. Perdoe Sr General. - Eu respondi de forma irônica.
- Eles são seus filhos. Que tipo de mãe você é? - Respondeu o Uchiha, estufando o peito.
- Uma mãe melhor pros meus filhos do que você foi como pai da Sarada. Karin disse que não havia riscos e eu confio tanto nela, quanto em Shikamaru. Se eles acharam melhor isso, eu concordo.
Sasuke me encarou e Karin decidiu deixar o ambiente mais leve, sorrindo.
- Okay, os ânimos estão exaltados. Parem de brigar agora. - A voz dela não soava nada amistosa, parecia querer matar eu e Sasuke.
Senti minhas bochechas queimarem e meu coração disparar. Se estivéssemos sozinhos, a briga teria sido feia.
Shika sentiu minha tensão e trocamos olhares, com um ar de "se acalma" ele passou o cigarro para mim. Sem pensar duas vezes, coloquei ele entre os dedos e dei uma tragada, sem tirar os olhos do dono do fumo.
Soltei a fumaça e nesse instante, ambos lembramos do que engatilhou toda aquela noite de loucuras. Sorri maliciosamente e ele desviou o olhar.
O clima ficou pior ainda. Karin, não sabia o que fazer naquele triângulo de ódio. Devolvi o cigarro para Shikamaru que estendeu para Sasuke.
Como se naquele momento, o fumo representasse uma bandeira branca de paz.
Bandeira essa que Sasuke negou, ainda me fuzilando com o olhar.
- Fumar não vai te fazer fugir dos seus problemas. - Ele respondeu grosseiro.
Irritada, senti a raiva tomar conta de mim. Quem ele pensa que é? Se um dia ele me amou, se em algum momento ele realmente me amou ele deveria saber muito bem que ele não era ninguém para me cobrar algo. Eu dava pra quem eu queria, quando eu queria. E não me importa o que um Uchiha birrento pensava.
- Tem razão, porque eu posso fumar a porcaria desse cigarro inteiro e você não sai da minha frente. - Respondi indignada.
Nos encaramos por algum tempo. O clima de tensão aumentou. Shika estava impaciente com a situação e irritado com Sasuke, por isso tomou distância e com a voz firme, chamou: