Manipulação

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*Notas da Autora*
Meus amores, finalmente estamos chegando ao fim de Aquilo que deixei para trás. Foram mais de 1 ano onde eu coloquei para fora uma história que me acompanhava há mais de 10 anos. Obrigada pela oportunidade.
Temos mais ou menos nove capítulos pela frente, mas vão demorar um pouco mais para sair porque quer que sejam construído com todo o cuidado. Amarrando todas as pontas soltas.

É isso! Obrigado por todos os comentários e por todo o carinho. Tia Hard ama vocês.

PoV Hikari

Aquela era a hora de colocar todos meus anos enfiados naquela merda de academia em cena.

É claro que um plano de persuasão e abordagem acontece de forma suave, gentil e com muita pesquisa. Mas, eu não tinha tempo pra isso, estava contando apenas com minha sorte de fazer boas deduções.

E torcendo para que isso desse certo.

Além disso, não tinha muito tempo, eu estava dopada e segundo Sakura, logo os efeitos passariam e eu voltaria a sentir uma dor muito intensa, graças à explosão que Deidara causou.

Ou seja, tudo estava contra mim. E mesmo assim, eu, Hikari Uchiha, a ruiva impulsiva que vocês tanto devem odiar (ou amar), estava prestes a entrar na mesma cela que o Ex Akatsuki Hidan, discípulo fiel do Deus Jashin, quem nós não sabíamos absolutamente nada.

Antes de ser arremessada na prisão com um colar desse Deus no pescoço, tentei rever todas as migalhas que tínhamos sobre ele e criar para mim mesma um personagem que fosse o mais real possível, fazendo com que o criminoso caísse em minha armadilha.

Jashin era um Deus conhecido como da destruição. Hidan o honrava com massacres em seu nome, suas vítimas eram ofertadas a ele. Por fim, o ex-Akatsuki de cabelo branco era tagarela e egocêntrico.

Esse amontoado de informações tinha que ser o suficiente para que eu tentasse uma aproximação. Mas, não eram. Eu sabia que não eram, por isso quando coloquei os pés naquela cela, fiz questão de criar um personagem o mais próximo parecido com alguém real: minha mãe.

Shikamaru abriu a porta e me arremessou pra dentro daquele local minúsculo, como se eu fosse um saco de lixo. Os olhos do prisioneiro observaram a situação com um certo desdém. Parecendo séria, ferida e cheia de ódio eu sentei no fundo da sala, no chão, observando o meu reflexo naquele material que por dentro era espelhado.

Naquele momento eu era a perfeita imagem da derrota. Ferida, com a roupa aberta, cabelos desgrenhados, mas ainda assim, com um olhar furioso, irado e revoltado, como se após uma sessão de tortura eu estivesse ardendo em ódio pelos meus agressores.

Mas, na realidade, eu estava nervosa. Minhas mãos estavam gélidas e tive que controlar minha respiração para não transparecer a inquietação.

O nosso próximo passo dependia daquela conversa.

Eu senti o olhar dele sobre mim. Ignorei. Naquele exato momento ele estava me julgando, me analisando.

Minha expressão corporal era de indignação: tremia uma das pernas, meus braços cruzados e meus punhos fechados. Demonstrando para Hidan que eu não estava disponível para ele.

Mas, é claro que ele já esperava companhia. Ele foi torturado de todas as formas possíveis. O cara tinha total consciência do quanto ele (e seus conhecimentos) eram valiosos pra Konoha. Ele sabia que mais alguém ia se aproximar para tentar arrancar informações.

Ganhar a confiança dele não ia ser fácil.

Por isso eu continuei em meu personagem: alguém que assim como ele tinha sido torturado.

Aquilo que deixei para trás [Sasuke]Onde histórias criam vida. Descubra agora