Capítulo 3

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! Alerta gatilho !

— Depende de qual série ou filme estamos falando... — Seth, em um único impulso, se colocou sentado ao meu lado. Como eu costumava gostar de The Walking Dead?

Seth Cohen não é uma pessoa fácil de pressupor sobre. O pouco que sei é baseado no que penso, ouço e vejo. Particularmente, eu tenho uma ótima vista quando o vejo. É impossível não acabar perdida nos seus grandes e inebriantes olhos azuis ou nos cachos dourados tendo apenas começado a observá-lo.

Seth tem o andar seguro pelos corredores da escola, sempre teve. Os lábios finos soltam sorrisos para poucos e, apesar de sua timidez aparente, falam com todos os polos deste lugar, ou são o assunto deles.

Dentre os polos, Seth Cohen é do polo Seth Cohen e, talvez, isso o defina como um camaleão, o que não é uma boa característica, certo? Mas em Seth Cohen, despertava curiosidade

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Dentre os polos, Seth Cohen é do polo Seth Cohen e, talvez, isso o defina como um camaleão, o que não é uma boa característica, certo? Mas em Seth Cohen, despertava curiosidade. Eu não sei, podem ser os olhos azuis. Ele é apenas uma incógnita. Parte de uma incógnita, porque nada escapa completamente das línguas soltas de Carter Hill.

Ele nasceu aqui, como a maioria de nós, meros mortais, que nunca sentimos o aroma fora dessa micro cidade. Mora com o pai, que é proprietário de uma franquia de lojas de colchões, e com o irmão mais velho, Samuel, que, mesmo sem faculdade, administra as lojas junto com o pai. Os três foram deixados pela mãe de Seth e, é onde a notícia se esgota, ninguém sabe, mas dizem que ela fez uma escolha. Bom, obviamente, fez.

— Cientificamente falando, é possível? — Hyelim se inclina para o incluir na conversa, já que eu estava como uma barreira entre os dois.

— Eu não sei, pensei que vocês fossem as inteligentes — Seth responde.

É, esse é nosso polo. Somos os nerds sociáveis de beleza mediana. Dos que Seth Cohen é assunto.

— Eu gostava da série, mas na vida real parece uma merda! — comentei e os dois nem precisaram se mexer para concordar.

A verdade é que eu estava surtando. A tensão estava me colocando contra o chão e eu mal sabia o que pensar!

— SIM! — Sra. Rose grita mais uma vez, nos lembrando de sua posição do outro lado da porta.

Dener, em pé no meio da sala, pede silêncio pela milionésima vez. Ele criou uma coreografia repetitiva de dois passos; dedo indicador em frente a boca e, em seguida, as duas mãos abanam para baixo.

Não temos muito a fazer senão obedecê-lo. O problema é que ninguém mais sabe o que fazer. Isso sequer parece real!

O xerife dá passos lentos e seguros até a porta, fazendo o caminho que eu fiz há pouco tempo. Ele estava esquivando da pequena janela na porta, nem o tecido grosso da jaqueta sobre suas costas curvadas nos impediu de ver sua respiração tensa e marcada.

Em uma respirada repentina, Dener se moveu para ver sem receio através do vidro e, imediatamente, a porta passou a ser surrada. Não eram batidas educadas, ou intervaladas, eram uma sequência descompassada que fazia a madeira tremer.

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