Lucy apostou corrida com Josh até a sala. Eu tentei repreendê-los por conta das escadas, mas já estavam longe.
Assistindo de fora, Lucy, claramente, deixou Josh ganhar. A menina fingiu se enrolar nos últimos degraus da escada e Josh bateu na porta primeiro.
— Você é muito lenta! — ouço o eco do meu irmão, rindo descaradamente de uma Lucy ofegante.
— Você é mais leve — ela se defendeu entre suspiros. — Por isso, ganhou!
— Não! Nada a ver! — Josh berrou. — Você é mais velha e eu mais rápido!
— É claro que tem a ver! É questão de fís-
Física. Era o que Lucy ia dizer. É questão de física. Matéria que meu irmão, provavelmente, não vai ter a oportunidade de assistir uma aula. Por mais que ele odiasse no final.
— Depois vocês fazem uma revanche! — eu interrompi o debate ao chegar no fim da escada. — Depois.
Josh deu de ombros e colocou a mão no trinco da porta, para abri-la.
— Ei! Ei! — eu o barrei. — Onde você pensa que vai, Joseph?
— Entrar...? — meu irmão sugeriu. E não demorou para ele começar a pedir. — Eu quero participar também! Sou um caçador também!
— Nem pensar! — eu neguei. De jeito nenhum!
— Ah, Josie... — choramingou Josh. — Por favor! Eu prometo ficar calado!
Eu estava pronta para negar quantas vezes fossem necessárias, mas a porta foi aberta em supetão por um Dener imediatista e impaciente.
— Entre logo! Seu chorão! — ordenou o xerife.
Josh não se incomodou com o apelido bobo e obedeceu aos saltos.
Eu encarei o homem, incrédula, a níveis raivosos. Você só pode estar brincando, Xerife!
— Você já ouviu o que acontece quando você segura com força o sabonete molhado? — Dener me questionou. Isso foi uma tentativa de explicação?
— Não! — eu menti. É claro que já! — E eu não ligo, xerife! Josh não precisa ouvir, seja lá que merda você vai dizer aí dentro!
— Mas ele quer — ele disse. — Pare de tentar poupar ele, você não vai conseguir!
Depois de olhar poucos segundos para minha cara fumaçando em raiva, Dener abriu espaço na porta, indicando a passagem com a mão.
E U O D E I O E S S E B A B A C A!
Eu não vou conseguir? Não vou conseguir? Qual é o problema dele?
Ignorei minha vontade de bater o pé e gritar como uma criança, e passei por ele, entrando na sala.
Josh logo se aproximou com um sorriso sapeca espalhado na cara.
— Não se acostume! — eu avisei.
Logo a pequena sala estava cheia. Haven entrou e atrás dela estavam Yan, Ayo e Seth. Dominic foi o último.
Yan estranhou a presença de Josh e me questionou com as sobrancelhas apertadas, mas eu apenas balancei a cabeça. Não vou voltar a isso, não vai se repetir.
— Então? — Seth se balançou, inquieto. — Qual é a merda da vez?
— Bom — Dener girou em nosso meio. — Para ser direto, o outro prédio escolar está infestado e, se não fizermos nada, vamos morrer!
Ninguém presente foi pego de surpresa, já haviam sido contactados, ou já esperavam mais uma merda assim. Mas a sala quase flutuou com os unidos suspiros bufados.
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DEVIR
Teen FictionDE.VIR [S.M] 1. Constante mudança. Vir a ser. Tornar-se. 2. Lei geral do universo, que cria, destrói, reconstrói e ensina. Eu li uma vez que o ser humano é desadaptado do mundo. E talvez seja mesmo, por isso está sempre no topo da cadeia. Vida ou m...