— Será que já tem alguém acordado? — Josh perguntou pela terceira vez e eu ri.
É justo, eu segurei o coitado aqui por duas longas horas.
— Você realmente está com fome, não é? tudo bem, vai lá!
Meu irmão não esperou nenhum segundo a mais, saiu barulhentamente correndo, dizendo que seria rápido, mas eu sei que não será. Então, eu voltei a me acomodar encostada na parede, ouvindo o chiado da chuva lá fora.
Mas não pelo tempo que eu gostaria. Josh acabou de sair e logo a porta foi reaberta por Seth, que receiosamente entrou. Talvez esperando alguma oposição minha.
— O seu irmão está mais elétrico que o normal — ele contou. — Eu acho que é felicidade.
— Mesmo? — eu perguntei abobalhada e Seth confirmou.
Josh estava indo comer, não quer dizer que eu seja o motivo da sua felicidade, mas é bom saber, de qualquer forma.
— E você? — eu assisti Seth atravessar a sala. — Veio contar o que estava fazendo no meu armário?
— Uau! Para alguém com memória ruim, esse foi um ótimo exercício, não foi? — ele sentou ao meu lado, rapidamente, esticou as pernas e cruzou os tornozelos.
— Está me testando, Cohen? — eu o acusei e ele soltou um riso rápido.
— Em minha defesa, foi o Josh! — ele me encarou segurando o riso. — Falando sério, o Dener me pediu para dar uma olhada nos armários, já que a maioria está sem dono e como Josh estava de bobeira, eu o chamei para ajudar.
Seth perdeu o ar descontraído que tinha e respirou fundo.
— Uhum — eu o incentivei a continuar.
— Mas acabei abrindo um que tinha dona. Josh reconheceu o seu caderno e eu reconheci os troféus.
Porra. Troféus?
— Não são troféus — eu resmunguei.
— Exatamente! São o contrário disso! — Seth exclamou. —Então, qual o sentido de guardar?
Ele parecia realmente incomodado com isso.
— Você não mexeu em nada, mexeu? — eu o questionei. — Huh? Mexeu, Seth?
Não é possível! Se ele tiver mexido, eu juro por Deus!
— Não — ele disse com relutância. — Quer dizer... Sim, talvez?
— Mas que merda, Seth! No que você estava pensando?
Seth não se importou com o quanto eu estava ficando irritada. Ele se mexeu um pouco e apalpou seu bolso da frente antes de fuçá-lo com a mão. De lá, Seth puxou algo em seu punho fechado e o colocou na minha frente.
— O que você peg-
Eu engoli cada palavra no momento em que vi meus fones de ouvido balançando da sua mão. Meus fones de ouvido.
— Eu peguei emprestado — Seth esticou os lábios convencido e fez minha irritação desaparecer com seus olhos azuis espremidos.
— Pegou emprestado? Eu não lembro de você pedindo. — eu impliquei, ainda extasiada, o vendo esticar o fio.
— Eu posso pegar o seu fone emprestado? — ele riu.
— Não.
Ele ignorou, claro. Se mexeu novamente, até alcançar seu celular no bolso de trás.
— O que você quer ouvir? — perguntou ao plugar o fone na entrada do celular.
Não o que está estampado na sua camisa.
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DEVIR
Teen FictionDE.VIR [S.M] 1. Constante mudança. Vir a ser. Tornar-se. 2. Lei geral do universo, que cria, destrói, reconstrói e ensina. Eu li uma vez que o ser humano é desadaptado do mundo. E talvez seja mesmo, por isso está sempre no topo da cadeia. Vida ou m...