IMAGINES // Billie Eilish

Dia de carinho part 2

Sinopse:( Você estava tento uma crise de ansiedade e Billie percebeu, ela resolve te ajudar do jeitinho dela)

(Continuação do "dia de carinho")

[Billie é famosa]
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Senti minha respiração pesar e ficar bem lenta, como se um peso estivesse no meu peito me impedindo de respirar perfeitamente.

Minhas mãos tremiam e meus pés não paravam quietos, eu estava na sacada sentada na cadeira que dava pra ver perfeitamente a rua.

Isso me acalma, e sim, tem rede de proteção o que me impede de cair acidentalmente, ou propositalmente.

Nunca tem um motivo pra elas virem, elas só vem, assim do nada. Sinto meus olhos marejados e aquele aperto no peito, mas a lágrimas não caem, como se eu me recusasse a chorar.

Billie deve estar agora trabalhando no estúdio, ou sei lá, não quero atrapalhar. Minha mulher é muito ocupada, as vezes sobra pouco tempo pra mim.

E eu não a culpo, ela está fazendo o que gosta.

E hoje uma quarta feira ás 22:40 da noite eu estou aqui, na sacada.

Vejo os carros passando um atrás do outro, de várias cores e modelos. Uns bem chiques, outros precisando de uma pintura, outros amaçados, acabo inconsciente contando quantos carros pretos passaram até agora foram 17 ao total.

E mais deles estão passando.

Um carro quase bate um motociclista e o cara buzinou muito.

–Mor...–ouço Billie gritar.

–Tô aqui!

–Vida..–se sentou do meu lado –Que foi?

Olhei em seus olhos, e ele percebeu o avermelhado dos meus.

–Ansiedade? –concordei –Oky...

Senti ela entrelaçar a mão na minha e colocar dentro do bolso do moletom preto que ela usava.

Ela deitou a cabeça no meu ombro e o cheirinho do seu cabelo me veio como um abraço quentinho.

–Quer falar? –perguntou baixinho.

Neguei.

–Respira fundo contando até oito –assim eu fiz –Agora prende a respiração contando até quatro, e solta contando até doze –fiz o que ela pediu e por incrível que pareça a falta de ar sumiu.

Não estou mais ofegante.

–Se quiser aperta minha mão tá?

–Ok..

Ela tá tão quentinha, o bolso do moletom dela também tá quentinho.

–Posso fazer o que pra te ajudar?

–Só fica aqui, comigo –apertei a mão dela, mas de levinho.

–Tá bom amor, eu tô aqui –beijou meu pescoço.

Olhei para cima vendo as estrelas e a lua está mais que linda.

–Cê falar de algo?

Neguei.