Somente minha

Cap.61

Diego

_Esses filhos da puta acham que podem nos enganar, miseráveis imbecis, não passam de vira-latas que se acham pitbulls - ouço a policial Góes falar enquanto entra na delegacia. Ela é excelente nas ruas, um pouco esquentada e cabeça dura, mas é honesta e justa. Entrou a três anos e já se destaca em meio aos outros.

Ouço duas batidas na porta da minha sala.

_Delegado, posso falar com o senhor?

_Entre Vieira, o que deseja? Eu estou um pouco ocupado - digo irritado.

A policial Mônica Vieira tem mais ou menos dois meses que trabalha aqui e com essa eu tenho minhas dúvidas. Sempre se escorando no trabalho e ouvi alguns boatos que se estiverem certos, ela não durará nem mais um mês aqui.

_Eu estou com um pouco de dificuldade com o caso da Rua 9, não vejo uma saída, para que lado posso ir - diz com sua voz enjoada.

_Me deixe dar um olhada no arquivo - digo e ela vem para meu lado se empinando, nada adequado.

Quando eu já iria dar um basta na situação, minha porta é aberta por ninguém mais que minha teimosa Cecília.

Ela olha para a situação avaliando, olha para a Vieira e em seguida para mim. Vou em sua direção antes que a questão saia de controle, a Cecília nunca causaria uma confusão em meu trabalho, mas não vou abusar da sorte.

_Oi Cecília, não esperava por você aqui - digo, já que não poderia esperar que ela viesse ao meu encontro.

_Dá pra ver que não, talvez tenha sido um erro vir - fala em tom acusatório e sai.

_Merda! Vamos conversar Vieira, na minha volta - falo rapidamente e saiu em busca da minha mulher.

_Delegado, tem um telefonema importante - Telma, a minha secretária tenta me parar.

_Depois Telma, depois!

_Caralho Ceci, espere! -a vejo perto do seu carro, corro para impedi-la. Consigo pegá-la pelo braço antes que entre no carro.

_O que há com você, eu não estava fazendo nada, ela veio se jogando, mas eu já ia lhe dar um sermão, ela tem feito isso bastante com os rapazes da delegacia, eu só estava esperando uma prova para fazer a sua transferência.

_Eu só quero ir embora. Estou bem cansada, não deveria nem ter vindo aqui, poderia estar na cama agora, apreciando um bom livro acompanhado de uma café.

_Eu vou te levar.

_Não, eu realmente desejo ficar um pouco sozinha, pensar sobre tudo que conversamos. Te vejo mais tarde.

_Vai pra casa, tá? Me liga se precisar - deixo um beijo casto em seus lábios.

Ela acena com a cabeça e vai embora, me deixando em um turbilhões de sentimentos.

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OBS: Pode conter erros gramaticais e de concordância.

11/06/21

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