Cap.43

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Ceci

Hoje a cafeteria passou a manhã toda completamente lotada, agora na parte da tarde esvaziou um pouco, estou aproveitando para dar uma olhada em alguns documentos, já que o Edu está viajando.

Meu amigo está cada vez cresecendo mais e fico muito feliz por ele, quando se gosta verdadeiramente de uma pessoa, você vibra pelas vitórias dela como se fossem suas.

Ouço batidas na porta e autorizo a pessoa a entrar, logo noto a Babi com uma cara estranha.

_O que houve?

_Tem um homem querendo falar com você, na verdade ele pediu para falar com o gerente ou o dono, tentei adiantar o assunto, mas ele se negou.

_E porque você está com essa cara?

_Sei lá, estranho o modo como ele chegou, como se já procurasse por alguém...ah deve ser coisa da minha cabeça, desde aquela confusão com aqueles babacas, eu tô com pé atrás com os homens.

_Vai virar lésbica então? - pergunto divertida, tentando quebrar o clima ruim.

_Deus me free, para sentar nos homens eu não preciso confiar, se eu quiser nem olho na cara, dou de costas, mas saiba que você seria a primeira a saber se eu virasse - diz maliciosa.

Babi é maluca!

_Sai daqui sua safada, vamos logo ver esse homem, vai que você me agarre aqui, não teria para quem eu gritar - brinco.

_Você é um graça Cecizinha - diz irônica.

Quando vejo quem me aguarda fico um pouco assustada, o mesmo homem que falou comigo no mercado, seria muita coincidência, não?

Merda!

Essa história de perseguição está me deixando muito paranoica, não posso sair desconfiando de todos assim. Afinal de contas, o que levaria uma pessoa a se dar ao trabalho de armar contra mim? Tenho nada de valor e muito menos sou alguém importante.

Reparo que fiquei encarando o cara por mais tempo que o necessário, ele me olha interrogativo com a sobrancelha erquida - também né Cecília, você está olhando o cara provavelmente com um cara nada boa por um longo tempo, quer o que? Me apresso em comprimenta-lo.

_Boa tarde senhor, no que posso ajudá-lo? - pergunto.

_Quero fazer uma encomenda. Na verdade eu estou pesquisando as opções ainda, é uma grande comemoração e consequentemente uma grande encomenda. Não conhecia esse estabelecimento, mas várias pessoas me indicaram inicialmente.

_Essa é uma rede de cafeterias bem conhecidas, me admira que o senhor não conhecesse.

_Tem pouco tempo que moro aqui. Poderíamos ir para outro lugar ou você trata de encomendas em meio ao público? - não consigo identificar seu tom, mas acho que tinha um pouco de deboche.

_Realmente o senhor não conhece nosso estabelecimento. Por aqui - lhe direciono ao escritório. Tento não ser grossa, mas não vou sair por baixo.

_Então vamos tratar de negócios, afinal sou o Maurício Ferraz - me estende a mão.

_Prazer senhor Ferraz, sou a Cecília Hernandez - me apresento.

Nos minutos seguintes passamos acertando sobre o pedido, realmente seria gigante e com produtos variados, mas nós tinhamos capacidade de sobra para isso.

Durante a conversa, descobri que o Ferraz possui uma empresa que herdou do pai e que esse pedido é justamente para a abertura da finial que está abrindo aqui.

Em nenhum momenro ele tirou os olhos da minha direção, sempre observando tudo que eu fazia ou falava, gestos e movimentos, parecia fascinado, mas para mim foi um pouco assustador. Não me cantou em momento nenhum, seu olhar continha admiração, não desejo ou nada do tipo, tinha algo a mais que não conseguia identificar.

_Acho que já esclareci tudo, espero que o senhor tenha ficado satisfeito.

_Você é ótima, para mim está tudo certo, vou deixar o meu contato e gostaria do seu para tratarmos de alguns pontos.

_Não passo meu número pessoal, mas vou lhe dar o cartão da cafeteria, vai ser melhor - lhe entrego o cartão que ele aceita a contra-gosto.

_Ela está em reunião... - ouço a voz da Babi.

_Não tem problema, já está na hora de fechar... - adivinha quem é?

A porta se abre, ja que não deixei trancada por receio, por ela passa um Diego aparentemente zangado. Ele olha para mim rapidamente e seu olhar logo cai no senhor Ferraz.

_Diego, eu estou em reunião - tento falar o mais calma possível.

_Te liguei diversas vezes, mas você não atendeu - parece chateado.

_Desculpe, eu não vi, o dia foi intenso, mas por favor espere lá fora enquanto termino.

_Cecilia já está na hora de fechar... - o olho indignada.

_Tudo bem senhorita Hernandez, já tomei demais seu tempo, voltarei outro dia para acertar qualquer detalhe ou algo a acrescentar - diz o Ferraz.

_Tudo bem senhor, me desculpe o inconveniente - sou sincera, o que o Diego fez poderia ter custado o pedido.

_Não há problema, eu faria o mesmo por uma mulher linda como você - putz, agora o Diego infarta, suas mãos fecham em punho, antes que ele faça alguma merda, vou ao seu encontro.

_Tenha um bom final de dia senhor Ferraz - digo educada, só quero que ele vá embora antes que o Diego exploda.

_Senhorita Hernadez, senhor...? - estende a mão a mim e logo após ao Diego.

_Delegado Diego Conrado - responde intimidando, o que surpreendentemente não surge efeito.

Quando o Ferraz sai, a bomba fica atrás, um Diego nada contente, que parece cem vezes pior do que quando chegou.

Hoje definitivamente não é um dia bom para mim.

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Maurício afrontoso e Diego putaço, tadinha da Ceci.

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22/07/20

OBS: Pode conter erros gramaticais e de concordância.

Obrigada por sua leitura. 😉

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