Cap.29

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Ceci

Acordo sentindo meu corpo todo quebrado, minha cabeça dói muito, parece que vai explodir. Abro e fecho os olhos buscando me adaptar a toda essa claridade. Estou em um quarto branco, tenho certeza que é de hospital, devido a alguns fios que estão ligados a mim e essa máquina irritante que afirma que estou viva.

Agora mais lúcida, vejo uma cena um tanto engraçada, o Edu e o Diego dividindo um pequeno sofá que em comparação aos dois brutamontes que o usam, parece ser de criança.

Tento falar, mas de primeira a minha voz não sai.

_Ei, Edu, Diego - falo não tão alto, mas é o suficiente para o Diego despertar. Acho que seu extinto de delegado o deixa com o sono mais leve.

_Ceci, você acordou - fala agora perto de mim. Com uma mão ele alisa o meu rosto e a outra está sobre a minha, sinto toda eletricidade do seu toque passar pelo meu corpo, o que me faz arrepiar e fechar os olhos.

O olhar do Diego é tão intenso. Ele me olha como se eu fosse a obra de arte mais valiosa do mundo, como se eu fosse a mais preciosa e ele precisasse da minha existência para sobreviver.

_Nunca mais faz isso comigo, está me ouvindo?! Eu não vou mais sair de perto de você, nem que você me expulse, eu vou voltar e ficar, até você desistir de lutat contra isso que há entre nós - ele diz olhando intensamente em meus olhos.

_Preciso de água - ele parece se tocar de algo.

_Merda! Eu preciso chamar o médico agora que você acordou. Não sai dai - olho para ele com a sobrancelha erquida.

_Você entendeu - diz bravo.

Acho que tem gente um pouco tensa.

Ao olhar no sofá, reparo o Edu acordado e me olha com o semblante preocupado.

_Você está bem Ceci? - me diz ao chegar ao meu lado.

_Estou sim, poderia ter sido pior - falo fraca.

_Eu quero saber de tudo o que houve, sei que tem muito mais por trás desse episódio - diz desconfiado.

_Eu vou dizer tudo, só preciso de um pouco de tempo.

_Vamos te dar todo o tempo preciso, não é Eduardo? - fala o Diego olhando feio para o Edu assim que entra com o médico.

Pelos próximos minutos sou examinada pelo médico, sob os olhos atentos dos dois, acho que eles pensam que sou de vidro, tenho certeza que estou numa enrascada, se com um protetor eu ficava louca, com dois já podem me internar.

O doutor confirma a minha liberação e o Diego segue com ele para assinar minha alta.

_Eu não gosto desse cara - Diego diz emburrado.

_Você não tem que gostar dele, só não trata ele mal tá?! Por mim.

_Não garanto nada Cecília - reviro os olhos, odeio quando ele me chama pelo nome.

Diego chega e a conversa se encerra.

_Tá liberada! Eu preciso que você me conte tudo o que aconteceu e até mais alguma informação que eu possa usar para rastrear quem fez isso com você, porém vou esperar até amanhã.

_Eu sei.

_Vou levar você até em casa - declara.

_Não acho necessário, já que eu moro com ela e estou aqui - diz o Edu ignorante.

_Talvez você esqueceu que ela quase foi morta e pode precisar de uma proteção mais adequada. Se eles aparecerem você vai fazer o que?! Desmaiar ou se jogar no chão e esperniar? - debocha o Diego, em seguida o Edu tenta ir para cima do mesmo.

_CHEGA VOCÊS DOIS! SÓ QUERO IR PRA MERDA DA MINHA CASA E TER UM DIA TRANQUILO. É PÓSSIVEL? - eles me olham assustados e acentem.

Não vai ser nada fácil...

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Parece que a Ceci vai ter uns probleminhas com esses dois. 💥😅😅

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Podem haver erros ortográficos ou de concordância.

25/05/20

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