Cap.64

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Diego

Acabamos ficando bastante tempo deitados, grudados entre conversas, risadas e muitos beijos e carícias. Precisávamos de tudo isso, passar um tempo juntos sem nos preocupar com mais nada e libertos de tudo de ruim que aconteceu.

_Bem que eu vi aquela safada te olhando, fiquei com vontade de dar nela, porém eu sou uma lady - estou rindo muito.

_Ele é bem inadequada mesmo, desde que ela chegou que venho recebendo queixas sobre o seu comportamento, ela realmente se joga em cima dos policiais. Conversei com ela ontem e já adiantei os papéis para a saída.

_Que bom, ao contrário eu teria que ir ter um conversinha com ela. Ela pode até ter uma arma, mas eu já chegaria na voadora, nem daria tempo para reagir - diz séria enquanto eu estou sem ar de tanto rir.

_Ai chega! Minha barriga dói - digo entre gargalhadas.

_Tô com fome, nem almocei, subi logo que a Lurdes me falou que você estava aqui. Senti sua falta a noite - a beijo.

_Também senti. Vamos descer para comer - a pego no colo e ela solta um gritinho e rir.

Chegamos na cozinha e Lurdes nos olha sorridente, o carinho que tem por nós é evidente para todos.

_Pensei que estavam fazendo greve de fome hoje, logo quando fiz essa lasanha que gostam - minha barriga chega ronca a ver a lasanha, é a nossa comida favorita.

_Você é a melhor Lurdezinha - meu amor diz e beija a bochecha dela.

Sentamos na bancada da cozinha mesmo e nos servimos, eu confesso que fiquei surpreso com o apetite que a Ceci tinha hoje.

_Porque tá me olhando assim?

_Você realmente estava com fome né?

_Fome de dez mendigos - diz rindo.

Um instante depois, vejo a Cecília correndo desesperada e não entendo nada, só vou atrás. Ela entra no banheiro e fecha a porta, ouço vomitar e fico preocupado.

_Abra a porta Cecília - bato na porta.

_Amor por favor, não quero que veja isso.

_Não é como se eu nunca tivesse te visto vomitar Cecília, já passamos dessa fase a muito tempo - já digo irritado.

_Merda!! - ouço a porta ser destrancada, assim como a descarga.

_Acho que comi demais, realmente me sinto mal - diz com dificuldade quando me vê. Ela está bem pálida, o que me deixa angustiado.

Ela se abaixa para vomitar mais, seguro  seu cabelo e apoio seu corpo, depois levanta novamente, vai até a pia lavar a boca.

_Amor, se sente melhor? Vamos no médico - tento parecer calmo.

_Eu não me sinto bem, estou tonta - fala com dificuldade.

Seu corpo tomba para frente e seguro, ela acaba desmaiando e a coloco nos meus braços. Saio do banheiro e vejo Lurdes que me olha assustada.

_Meu Deus! O que está acontecendo?

_A Ceci passou mal Lurdes, preciso da chave do carro e da bolsa dela - digo rápido indo em direção ao carro. Ela me entrega apreensiva.

_Me deixe informada por favor - diz nervosa.

Consigo colocá-la no carro com cuidado e ponho o cinto. Corro em direção do hospital mais próximo, tentando me concentrar e não pirar. Chegando no hospital, a pego nos braços e vou em direção da entrada, logo vem enfermeiros com uma maca e o médico que me pergunta o que houve barrando minha passagem.

_Você não pode passar rapaz, vamos cuidar dela, faça a ficha e espere na sala de espera - diz e sai me deixando angustiado.

Odeio a sensação da impotência que me bate agora, não posso fazer nada além de esperar. Faço a sua ficha e sento na cadeira enquanto lágrimas já beiram os meus olhos e meu coração se aperta cada vez mais. Flashs começam a surgir, mas me recuso a deixar que o passado tome conta.

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Obs: Pode conter erros gramaticais e de concordância.

14/06/21

Obrigada por sua leitura. 😉

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