Ceci5 anos depois...
_Oi amor, você chegou cedo - digo surpresa. Ele sempre chega algum tempo depois de mim do trabalho.
_As circunstâncias me obrigaram - diz sério enquanto bebe whisky. Seus olhos não saem de mim, parece me avaliar ou pensar no que dizer.
_Não entendi - digo e sento à sua frente.
_Eu que não consigo entender como você me deixa sempre por fora das coisas que acontecem. Talvez eu não importe tanto né?! - fico chocada com as suas palavras, não sei ao certo o que responder, estou boquiaberta.
_Quando ia me falar que passou mal? Não só uma vez na verdade, mas algumas vezes dentro desses dois meses?
_Amor, eu ia... - tento explicar.
_Não Cecília, você não ia. Você tem noção das mil coisas que passam em minha mente nesses últimos cinco anos desde que tudo aquilo aconteceu? Por um milagre você está aqui hoje, bem e totalmente recuperada, ou foi o que eu pensei - diz abalado.
_Isso não tem nada relacionado com o que aconteceu Diego. Eu estou desgastada por estar trabalhando muito, tenho um empresa agora que precisa ser administrada diretamente por mim. Você sempre me diz que eu não preciso disso, mas eu lutei pra ter tudo que tenho hoje.
_Eu nunca te impedir de ser nada Cecília, mas você sempre me esconde tudo que acontece, sou sempre o último a saber. Eu só queria que você se abrisse comigo, além de qualquer coisa eu sou seu parceiro, eu tô aqui pra o que precisar, entende?
_Me desculpa amor, eu só não queria te preocupar, você anda tão exausto com os problemas da delegacia.
_Você é a minha prioridade, sempre deixei isso claro. Para todos. - pega o paletó e vai em direção à porta.
_Onde vai? - questiono.
_Para a delegacia, vou ficar por lá, não sei que horas eu volto - vem em minha direção, deixa um beijo em minha testa e sai.
Continuo olhando para a porta como se ele fosse voltar, mas sei que isso não vai acontecer tão cedo.
Desde que saí do hospital uma semana após levar aquele tiro, o Diego tem se preocupado com cada passo que dou. Passei dois anos com escolta policial para qualquer lugar que fosse, lutei uma guerra com ele para convenser-lhe que o perigo já não presidia. Sempre sou a prioridade como ele fala e entendo sua chateação por sido deixado de fora do assunto, porém eu evito lhe trazer mais problemas.
Diego nunca poderá perder a culpa de ter me deixado ser levada por aqueles bandidos. Sei muito bem o que passa naquela cabeça dura e tenho medo que ele nunca esqueça isso.
Quando acordei naquele quarto de hospital, depois de ter passado incontáveis dias presa, sob as piores condições e ter saído de lá carregada e com um tiro no peito, com toda vida passando pela mente e a morte a espreita, eu me senti grata, uma fênix que reviveu das cinzas.
Saber que tinha todas aquelas pessoas por mim, que perderam noites e arriscaram sua vida pela minha, foi gratificante e único para uma pessoa que saiu do nada, de um orfanato e ganhou tanto afeto.
Eu sabia que era uma segunda chance que a vida me dava e iria aproveitar como nunca.
E ele sempre esteve lá por mim em cada momento, me ajudou na recuperação, cuidou de mim e não saiu do meu lado em momento algum. Talvez eu seja um pouco egoísta afinal.
Pego minha bolsa e decido ir à delegacia falar com ele e me desculpar mais uma vez.
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10/06/21
Obrigada por sua leitura. 😉
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Somente minha
RomanceEle carinhoso e possessivo. Ela apaixonante. Diego Conrado é um delegado honesto que luta pela justiça e vive para a sua profissão. Nunca uma mulher atraiu sua atenção ao ponto de conquistar sua coração. Ele é muito ciumento e controlador, o que pod...