Cap.27

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Ceci

Hoje faz um mês que eu estive com o Diego, um mês do dia do pequinique, um mês que eu o afastei.

Naquele dia eu chorei muito, o Edu tentava me acalmar mesmo sem saber o motivo. Ele estava desesperado por notícias minhas desde o dia anterior, me sentia mal por causar isso nele.

Na verdade todos estavam loucos atrás de mim, Amanda se culpava por ter me deixado sozinha para ir ao banheiro, a família do Edu, procuraram em todos os lugares. Eu me sentia um lixo.

Sei que no fundo eles pensavam que talvez eu tivesse uma recaída na depressão. A Amanda acabou comentando com o Edu que eu estava apaixonada por um idiota, já que eu havia desaparecido.

Chorei tanto que dormi, acordei no outro dia sendo supervisionada pelos olhos de gavião do Edu, eu lhe contei tudo, ele tinha que saber. Ele odiou cada parte daquela conversa, sentiu raiva pelo Diego me levar para sua casa, por dormir comigo. Ele me perguntou se eu tinha avançado com o Diego, neguei imediatamente e ele suspirou aliviado.

No final, decidimos que eu iria passar uns dias na casa da minha família postiça, ou seja, a família do Edu, que por sinal a mamãe estava muito abalada, só descansaria quando me visse pessoalmente.

E assim se estendeu os dias, fui para casa dos meus pais - chamo-os assim -, trabalhei em outra cafeteria da rede do Edu, troquei com o gerente de lá. Era do trabalho para casa e de casa para o trabalho. Eu não estava indo para a faculdade, pegava os assustos com a Amanda, que vinha praticamente todos os dias, já que não tinha provas,não tinha problemas. Chorava todos os dias.

Quinze dias depois do ocorrido, eu comecei a me sentir observada, no início fiquei com medo, mas achei que estava imaginando coisas. Mais alguns dias se passaram e eu via sempre um carro todo preto parado em frente a cafeteria quando estava próximo do meu horário de saída. Passei a pegar carona com o José, um funcionário, já que era caminho ele passar na rua dos meu pais. Não falei nada com ninguém.

_Eita que você mora no mundo da lua - esse é o José me tirando das minhas lembrancas. Ele é muito legal, é extremamente irritante as vezes e tem muito senso de humor. Ele gosta de olhar os caras, ver o volume, o tamanho do pé, essas suposições malucas para saber o tamanho do pênis. Eu sempre me divirto, dou risada demais, ele e Amanda são os únicos capazes de me distrair um pouco. Assim como ela, ele sempre me faz passar vergonha.

Aliás, eu sou a Cecília Vergonha Hernandez. rsrs

Hoje a cafeteira está bem calma, o fluxo de clientes é baixo, por isso vamos fechar mais cedo, sempre é assim, não a porque ficar para atender as moscas.

Limpo tudo, verifico duas vezes se está tudo em ordem, aciono o alarme de vigilância e tranco a porta. Hoje irei sozinha, o Edu deixou o carro comigo, mesmo depois de eu negar muitas vezes, como sempre me salvando.

Vou no estacionamento pegar o carro, entro no mesmo e começo a fazer a rota de casa. Falta pouco para chegar, observo que um carro me segue.

Tento não ficar desesperada, mas não sei como agir, penso em ligar para o Edu, mas o carro começa a vir mais rápido para me alcançar. Piso no acelerador, atinjo uma velocidade alta, rezo para alguma viatura me parar.

O carro também aumenta a velocidade, decido não ir para a casa dos meus país, não quero colocá-los em risco. Pego um caminho diferente em direção ao centro, sempre em alta velocidade.

Tenho a idéia de ir em direção a delegacia, com certeza próximo haverá alguma viatura. Meu celular toca, me destraindo por alguns seguntos assim que tento puxar ele da bolsa. Isso é o bastante para dá espaço para uma aproximação do carro preto.

Vejo a hora que ele chega perto e tenta atirar no pneu, ele não acerta, mas tomo um susto que foi o bastante para que eu perca a direção. Sinto o carro deslizar, sinto minha cabeça bater no volante, sinto o vidro da janela quebrar e cortar minha pele.

Não me permito perder a consciência, tiro o sinto o mais rápido possivel e corro para uma rua bem estreita que tenho certeza que o carro não poderá me seguir. Não sei onde arranjo força, mas corro para salvar minha vida.

Não sei se é um acaso ou Deus, mas eu estou bem perto da delegacia, graças ao atalho que peguei. Quando os policiais ali fora me veem, tentam questionar, mas não é deles que eu preciso agora. Entro e me sinto segura, estou fraca e sinto que vou cair a qualquer momento, porém agora eu tenho certeza que ele me protegerá.

Uma policial me barrar de todas as formas de falar com o Diego.

_Por favor, eu preciso falar com ele - digo baixo e sem forças.

_As coisas não são assim, você passa na recepção primeiro - diz mesmo vendo o meu estado.

_Deixe ela passar policial Castro.

Quando eu ponho meus olhos sobre ele, eu sinto paz, agora sei que estou segura.

_Por favor, eu preciso de ajuda - é tudo que possa falar antes de apagar de vez.

Meu Diego, meu amor, estou bem agora.

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Nossa!! 😥😥

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*Pode conter erros ortográficos (apesar de ser revisado duas ou três vezes antes da publicação)

20/05/20

Somente minha Onde histórias criam vida. Descubra agora