Cap.26

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Diego

Se passou uma mês e a todo momento eu lembro daquele dia...

No começo sentir raiva, a odiei por dar um fim a algo que ao menos teve chance de começar. Depois de alguns dias eu fiquei revoltado, xinguei, quebrei algumas coisas. Mais alguns dias depois eu fui atrás dela, me achei tolo por não ter tentado desde o primeiro momento, fui na cafeteria, ela não estava, ninguém deu qualquer informação dela, descobri onde era sua faculdade, mas nunca a encontrei lá e por último fui ao seu prédio, o porteiro me barrou, mas mesmo assim me informou que ela já não ia lá a algum tempo.

Por fim decidi parar, esperar, sei que nossos sentimentos são grandes, e que ela precisa de um tempo para assimilar tudo.

Minha família me apoiou, eles entenderam ela, minha mãe me aconselhou e foi assim que tomei minha decisão. Infelizmente foram embora.

Agora estou aqui, dedicado totalmente ao trabalho que usei como gatilho para não lembrar tanto daquela mulher.

_Se anima num barzinho hoje delegado? - o policial Felipe me pergunta.

_Vão vocês, tenho muitos casos para revisar, acho até que vou passar a noite por aqui mesmo - digo enquanto verifico as informações sobre um assalto a joalheria.

Tenho certeza que o Diaz está envolvido com isso, mas aparentemente ele não está  a fim de por a cara. Ele está mandando terceiros em seu lugar, mas se pergarmos esses peixinhos, pegamos o peixão, ou melhor o tubarão. Dessa vez será tudo no sigilo, pessoas selecionadas irão trabalhar no caso, não será arquivado nada aqui na delegacia. Esse desgraçado vai ter o que merece.

_Tá bom então Conrado, tô de saída

Um turno acabando e começando outro, sem dá espaço para a bandidagem.

Estou envolvido nos muitos papéis, investigando provas, buscando respostas para um homicídio de dois meses atrás, onde um corpo masculino foi achado na beira de uma estrada próximo a um orfanato da região.

Escuto uns burburinhos e uma gritaria, ouço uma voz conhecida e vou averiguar o que esta acontecendo.

_Por favor, eu preciso falar com ele - é a voz da minha Ceci, esta baixa mas consigo ouvir.

_As coisas não são assim, você passa na recepção primeiro - fala arrogante a policial Dalila Castro.

_Deixe ela passar policial Castro - falo alto e ela se assusta.

Quando ela sai da frente eu posso ver a minha mulher, ela esta machucada, sua testa esta cortada, ela esta pálida e assustada. Vou em sua direção, a tempo de segura-la antes de cair. Só posso ouvir suas palavras antes de apagar em meus braços.

_Por favor, eu preciso de ajuda.

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