Cap.25

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Ceci

Eu não sei o que ele faz comigo, que controle é esse que ele exerce pelo meu corpo, minha mente e meu coração. Só sei que quando estou perto dele tem uma energia atrativa tão boa, que me sinto segura, é como se fosse o lugar certo, como se fosse o meu lar.

Eu sei que temos muito pendente, mas tenho medo que não seja recíproco, tenho medo do que possa acontecer depois dessa conversa.

Chegamos ao parque que o Diego falou e é simplismente lindo, a grama parece um tapete bem macio, as árvores têm copas grandes, o que faz ter uma boa sombra debaixo delas, seria perfeito para um piquenique, os bancos são coloridos. É tudo bem cuidado, mas apesar de lindo não tem ninguém por aqui.

_É lindo não é? - ouço o Diego dizer atrás de mim.

_Seria perfeito um pequinique, esse lugar é maravilhoso - digo e me viro. E lá estava ele com uma cesta, uma toalha e um sorriso enorme na cara.

Não dá!! Puta que pariu.

_Acho que eu acertei então. Me dá uma ajudinha aqui? - não tem como ficar emburrada com ele sendo tão fofo.

Arrumei a toalha no chão, tirei tudo da cesta e coloquei sobre ela. Ele já tinha tudo planejado, isso me faz sorrir por saber que ele teve um carinho pelo momento, mesmo que a nossa conversa venha a ser difícil.

Sentamos e comemos um pouco, mas acho que a ansiedade estava matando nós dois, mas não sabíamos por onde começar.

_Olha Cecília, sei que pode parecer louco, mas desde a primeira vez que coloquei os meu olhos em você que eu tive sentimentos. No começo foi confuso, eu não conseguia administrar o que estava acontecendo comigo, mas eu só aceitei e fui atrás de você - ele me diz e eu fico estática.

Ele está se declarando para mim, tudo o que eu sinto, o modo que eu fiquei, tudo aconteceu com ele também. Só fico confusa de onde que ele me conhece, poque nos vimos só uma vez na cafeteria e logo na delegacia ele ja me tratou com frieza.

_Mas não nos conhecemos naquele dia na cafeteria? - pergunto-o.

_Teve uma noite em que eu saí mais cedo da delegacia, o trânsito estava pesado, e eu acabei parando logo a frente da cafeteria. Foi ali que te vi pela primeira vez, foi tão forte, e a partir daquele momento que você não  sai da minha cabeça - diz tudo isso e eu não consigo entender o porque de tudo ter desandado.

_Por que você me tratou tão frio na delegacia?

_Porque eu pensei que você estava com aquele cara, eu não suportei saber que você não poderia ser minha - fico chocada com essa declaração.

_Meu Deus, o Edu! Você achou que eu estava com o Edu? TUDO ISSO ACONTECEU PORQUE VOCÊ SUPÔS ALGO? PORQUE VOCÊ NÃO PERGUNTOU? - gritei revoltada me levantei.

Todo meu choro e sofrimento por causa da sua suposição, qual o problema dele?! Certo que eu imaginei que a Melissa era sua namorada, mas ele estava com a droga do braço enrolado nela.

MERDA!!!

_Ele veio com um papo pra mim, defendeu você com unhas dentes, disse que você nunca seria minha e você quer o que? Que eu ache normal? Afinal ele é o que? EU FIQUEI LOUCO TA BOM, FIQUEI COM RAIVA POR ELE TE TER E EU NÃO - me questiona irritado se levantando também.

_ELE É MEU AMIGO, ELE É MEU IRMÃO, ELE É A PESSOA QUE ME SALVOU DE VIRAR UM LIXO. ELE É O ÚNICO QUE SEMPRE ESTARÁ LÁ POR MIM E EU NUNCA VOU ABONDONAR ELE. ELE ME DEFENDER SÓ PROVA O QUANTO ELE ME AMA DA MESMA FORMA QUE EU AMO ELE - estou com raiva dele.

_Eu não...

_Olha só Diego, eu também senti algo por você assim que pus meus olhos em ti, você foi muito legal, me tratou bem e me fez rir. Logo depois foi um idiota comigo, e eu fiquei sem entender e sofri com isso, sofri e chorei por alguém que nem era meu, quando eu te vi naquela boate com a loira pensei que era sua namorada e fiquei chateata e cheguei a me embriagar para esquecer tudo. Não acho que tenhamos que continuar com isso, foi tudo muito conturbado e já sem nem começar já nos fizemos mal - digo. Vai ser melhor para nós dois.

_Ceci eu não entendo, se nos gostamos podemos ...

_Essa é minha palavra final Diego. Você pode me levar para casa agora?

_Eeu só vou recolher tudo - ele diz triste e cabisbaixo.

_Vou te ajudar.

Durante todo o caminho o silêncio prevaleceu, estávamos embargados em nossos próprios pensamentos. Ele me deixa em frente ao prédio e agradeço por ir logo que desço. Não suportava mais segurar as minhas lágrimas, estava doendo demais, mas é melhor assim.

Só espero que ele fique bem, sei que vai ficar.

Entro no apartamento e o Edu está no sofá, abatido e chorando, me dei conta que não dei notícias. Quando ele me vê corre e me abraça e é tudo que eu precisava.

Estou despedaçada...

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Esss foi o capítulo mais difícil de escrever até agora.

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