Diego
Estamos aproveitando essa raridade que é um dia de folga para esse delegado que vos fala.
Almoçamos em um restaurante beira-mar, que até onde eu sabia a Ceci amava frutos do mar, mas hoje ela se sentiu mal, logo após comer um pouco colocou tudo para fora, por mim já estaríamos em um hospital, mas ela disse que provavelmente era o estômago rejeitando ou algo deste tipo.
Na verdade já tem bastante dias que ela anda com a saúde prejudicada, tento intervir, mas ela sempre me olha raivosa e eu me rendo.
Estamos agora passeando pela orla da praia, o clima se encontra gostoso e está ao lado dela sempre me deixa leve e tranquilo, ela é a calmaria diante dessa vida louca e perigosa que estou a cada dia dessa minha profissão.
_Amor, se você não tivesse me conhecido, acha que estaria onde agora, quero dizer, você nunca me falou se ficava com alguém ou pretendia ter alguém - me olha com a expectativa da resposta.
_Nunca tive nada sério, ia pra baladas ou outras festas, ficava com mulheres e nunca mais as via, era sempre coisa de uma noite. Jamais um mulher mexeu comigo como você, ao ponto de me fazer querer conhecer, sentir essa vontade louca de proteger do mundo e te amar além do que qualquer uma já foi amada. Não gosto e nem quero imaginar uma vida em que você não esteja ao meu lado - digo tudo olhando em seus olhos para que ela sinta toda a intensidade de sentimentos que habitam em mim.
_Eu te amo muito, te amo de um jeito que não consigo explicar - seus olhos ficam marejados.
_Eu sei como se sente, porque eu te amo do mesmo jeito, arrisco falar que até mais - ela solta uma risadinha em meio as lagrimas que descem.
Andamos mais um pouco e vamos em direção ao meu carro para retornar para casa.
_Edu nos convidou para jantar lá no ap.
_Um pouco tatde não acha? - digo.
_Nunca jantamos cedo lá no ap, como eu chegava tarde na faculdade e ele sempre ia me buscar, então acabávamos indo comer bem tarde.
_Tudo bem, mas precisamos passar em casa para tirar essa areia do pé.
_Você que inventou de molhar os pés na praia, mas confesso que queria mesmo era tomar um banho de mar, pena que estava sem biquíni.
_Você com roupa eu já tive que amendontrar um monte de filhos da puta, imagina só com um pedaço de pano - digo raivoso.
_Sou toda sua meu delegado - beija meu pescoço.
_Somente minha.
Vejo algo errado pelo retrovisor, o mesmo carro nos acompanha desde que saímos da praia, fico tenso pela Cecília está comigo, tenho que protegê-la caso eles nos ataquem.
_Di, você está indo muito rápido - diz assim que aumento a velocidade.
_Estamos sendo seguidos, preciso tirar a gente disso - tento passar confiança.
_Não pode ser.
_Pega uma arma no porta-luvas, se você precisar atirar você vai atirar, entendeu? - balança a cabeça afirmativamente.
Eles estão nos alcançando, olho para o lado e vejo o quanto a minha mulher está aflita, ela já passou por isso e escapou por pouco, por ser muito inteligente.
_Aqui é o Delegado Conrrado, preciso de reforços urgente, avenida do Eixo, um carro preto com vidros escuros, placa fria, estão se aproximando muito rápido, não sei quantos indivíduos...
Eles começam a atirar, provavelmente querer acertar os pneus, o que levaria ao capotamento do carro.
_ABAIXA CECÍLIA! Eles estão atirando, está me ouvindo, quero a merda de 3 viaturas e 2 motos.
_Já estão a caminho senhor...
Desligo, merda tenho que me concentrar. Ouço mais disparos e um resmundo da Cecília, o vidro da janela caiu sobre ela e a cortou. Eles parearam o carro com o nosso, aproveito para atirar nesse momento, mas eles conseguem atingir o peneu do carro, começo a perder o controle, mas o carro apenas desliza.
_MERDA!!! Ceci, precisamos sair daqui, vem, tira o cinto rápido - ela faz o que eu mando.
Saimos dela porta do motorista e abaixamos na lateral do carro. Observo eles sairem do carro, estão em cinco, todos armados, não há escapatória para mim, mas vou manter minha Ceci salva.
_Você vai correr, não vai olhar para trás - ela nega.
_Não vou te deixar aqui sozinho, não dá, eles vão te matar - ela chora muito.
Pego a arma, levanto o corpo para tentar acertar algum deles, mas acabo levando um tiro de raspão no ombro.
_Droga, droga, tá sangrando muito Di.
_Deixem ela em paz, me levem ou façam o que vocês quiserem, mas a deixem ir - digo quando eles chegam até nós.
_Deixar o que justamente viemos pegar? Acho que não - debocha.
_Vocês não vão tocar nela... - mais um tiro.
_Ah, caralho! - grunho com o tiro na perna que acabo de levar.
_Para com isso, não machquem ele, eu vou, só deixem ele... - diz enquanto chora copiosamente.
Ela sai do meu lado e vai de encontro a eles, tento a impedir, mas levo uma coronhada na cabeça e vou perdendo a consciência aos poucos. A ultima coisa que vejo é o seu rosto banhado de lágrimas, enquanto a levam para longe de mim.
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Quem será que capturou a Ceci?
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Comente a sua opinião.01/11/2020
OBS: Pode conter erros gramaticais e de concordância.
Obrigada por sua leitura. 😉
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Somente minha
RomanceEle carinhoso e possessivo. Ela apaixonante. Diego Conrado é um delegado honesto que luta pela justiça e vive para a sua profissão. Nunca uma mulher atraiu sua atenção ao ponto de conquistar sua coração. Ele é muito ciumento e controlador, o que pod...