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ྉEda

Já conheceu a sensação de estar à beira de um abismo? A sensação que diz para pular mesmo que sua razão diga incansavelmente para se afastar? Afinal, é um abismo, tudo o que vai conseguir é se machucar.

A maioria se afastaria, eu, no entanto, acabo de me jogar.

Serkan puxou meu rosto para o seu, procurando minha boca com seus lábios ávidos, não tinha castidade na sofreguidão com a qual seus lábios deslizavam sobre os meus.

Instintivamente procurei seus ombros enterrando meus dedos ali em busca de apoio para as sensações atordoantes e doces que começavam a me possuir, as mãos firmes dele se prenderam em minha cintura me puxando para o seu colo, meu coração batia acelerado bombeando o sangue que corria nas minhas veias com a força de um tambor.

Nossas bocas se afastaram, toquei sua testa com a minha buscando ar, mantendo nossos olhos nivelados, nossos lábios roçando um no outro conforme nossos corpos moviam-se enchendo os pulmões com ar fresco. Apenas nos encaramos por um tempo, Serkan apertou mais seus braços envolta de mim em resposta apertei minhas pernas envolta dele.

Estava sentada em seu colo, meu rosto quase grudado ao seu, e ainda assim não pareceu perto o bastante.

— Se não tiver certeza disso, é melhor pararmos agora.

Sua voz estava tão baixa e suplicante que fez meus músculos vibrarem, eu não tinha dúvidas sobre querer aquilo o que era um pouco assustador, a intensidade do que estava sentindo chegava a ser dolorosa e eu tinha a impressão de que só pararia se o tivesse.

Estranho ter essa certeza sem nunca antes ter sentido algo se quer parecido, eu nunca quis tanto alguma coisa como queria Serkan.

Me inclinei para trás o bastante para conseguir alcançar os botões da minha blusa, suas pupilas dilataram, seus lábios se entreabriram e seus olhos acompanharam os movimentos dos meus dedos.

Serkan segurou meus pulsos quando eu já estava no terceiro botão inclinando seu rosto para mim, sua boca se fechou em minha mandíbula, prendi a respiração quando ele sussurrou para mim.

— Eu faço isso. — Informou.

Sua boca desceu pelo meu pescoço, deixei a cabeça cair para trás dando a ele livre acesso a área, sua língua deixava um rastro quente em minha pele me causando pequenos arrepios.

A boca dele encontrou o vão entre os meus seios e seus dedos os dois últimos botões, eu não havia posto um sutiã já que a blusa não exigia isso o que facilitou seu acesso quando ele deslizou as alças pelos meus braços.

Ele se manteve imóvel por tanto tempo que achei que houvesse algo errado comigo, mas então ele sorriu, soltei o ar que estava prendendo, os olhos de Serkan brilharam quando ele baixou sua boca para meu seio liberando um gemido baixo, sua barba arranhando minha pele somada ao toque de sua língua em volta do meu mamilo era quase torturante.

— Você é perfeita ballerina... — suspirei derrotada, arqueando meu corpo para ele, seu olhar enevoado pairou sobre mim antes dele se voltar completamente para meu outro seio.

Mal conseguia manter meus olhos abertos, precisando me agarrar em algo para não sucumbir de vez, enfiei meus dedos em seus cabelos sentindo as mechas curtas e sedosas se envolverem conforme fechava meus dedos.

O escutei grunhir e senti meus músculos se tornarem tensos, principalmente entre minhas pernas.

Serkan me agarrou com força me girando até que minhas costas encontrassem o colchão. Gritei surpresa, meus olhos se arregalaram um pouco, seu rosto se tornou turvo, sombrio.

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