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Buona sera a tutti.

Voltei 🤍 

Não, eu não sumi de propósito, mas ainda assim ofereço uma desculpa a todos que acompanham a história. Fiquei um tempo sem provedor de internet por fatores técnicos isso junto com a minha rotina não facilitou e eu acabei ficando mentalmente cansada, presa num limbo em que não conseguia escrever nem meia linha.  Uma explicação breve, espero que estejam bem e que esse capítulo te façam sorrir pelo menos uma vez. 💓

ྉ Eda ྉ

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ྉ Eda ྉ

— Tudo bem, só mais um pouquinho.

A voz de Serkan preencheu toda a cozinha sobrepondo-se aos chiados produzidos por Alp acomodado em seu bebê conforto em cima da bancada. Ao lado dele Kiraz dormia depois de longos minutos sugando minha alma em forma de leite.

Dei outra conferida nos dois, ainda é difícil para mim acreditar que são meus. É um pouco irreal imaginar que fiz parte da criação de algo tão puro e inacreditável quanto esses dois. Mas o par de olhos voltados para mim não parecem ter dúvidas de sua existência, essas duas coisinhas seriam para sempre extensões do amor que sinto pelo pai delas.

— Pronta para algo muito incrível? — seu tom denunciava a pitada de sarcasmo e diversão em sua voz. É claro que ele não deixaria passar o quase desastre à mostra na mesa da cozinha.

De modo geral gosto de me considerar uma boa cozinheira. Razoável.

Nada tão mirabolante quanto tia Ayfer, mas tenho orgulho de me virar muito bem entre as panelas. Mas justo hoje, justo quando eu precisava da perfeição, algo não pareceu correr como planejado. E com isso quero dizer que: um certo homem pareceu assumir de toda sua sensualidade para me distrair.

E parece ter funcionado já que a minha linda bailarina - cuidadosamente desenhada ao lado das letras tortas do nome da minha filha — se parece a qualquer coisa, uma cenoura usando um tutu?

Qualquer coisa, exceto uma bailarina.

O pequeno cachorro que Serkan havia se dedicado a desenhar ao lado dela parecia melhor que minha tentativa de surpreender.

Tudo bem, não tenho vantagens artísticas como ele sendo um engenheiro/arquiteto/pianista/pai do ano. Mas esperava pelo menos ser melhor que ele nisto.

Deixei minha indignação de lado quando os dois entraram na cozinha, Ezgi com os olhos cobertos pelas mãos enormes de Serkan. Ele piscou para mim ao se aproximar, a vela presa a cobertura cor-de-rosa era um nove com sapatilhas de balé na base.

— Eu estou pronta, papai. Pode tirar a mão.

Serkan me encarou em busca de aprovação e verifiquei mais uma vez o bolo antes de assentir. Ele se colocou na altura dela, joelhos dobrados e a cabeça na altura do ombro fino de Ezgi. As mãos deixaram o rosto da menina e enquanto ela piscava um monte de vezes eu apertava meus olhos para a situação.

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