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VOLTEI... OLÁ 👀

ྉSerkanྉ

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ྉSerkan

Aperto a maçaneta com força, sentindo sua superfície fria e desejando que ela absorva um pouco da tensão presente em meu corpo antes de finalmente decidir abrir a porta.

Ao entrar em casa decido que sou alguém diferente das últimas horas. É uma decisão fácil na verdade porque atrás dessa porta se encontra a parte mais importante da minha vida.

As duas pessoas por quem eu morreria.

Respiro fundo fechando a porta atrás de mim, retiro o casaco o pendurando antes de retirar os sapatos e sou puxado para um abraço silencioso.

— Por Deus, onde você estava? Ferit ligou e disse que você já havia sido liberado. Isso já tem duas horas.

Demoro a processar as palavras permanecendo imóvel nos braços da mulher. A última coisa que eu esperava que acontecesse hoje era abrir a porta e ser recebido por Nasli.

Ela se afasta de repente apertando os olhos e afastando os cabelos dourados dos ombros, a estudo ainda imóvel quando sua mão abandona meu ombro.

Olhamo-nos por um longo momento antes que seus olhos azuis desviem para os pés. — Desculpe, eu estava preocupada. Ferit... — Pausou, clareando a garganta apertando os dedos uns nos outros nervosamente. — Ferit ligou para avisar que você já tinha deixado a delegacia, e já faz algum tempo... Você está bem?

Ela finalmente ergue o olhar para mim vasculhando meu rosto como se procurasse sinais de qualquer coisa fora do lugar. Um hematoma talvez?

Sentindo a surpresa finalmente me abandonar eu relaxo, a atitude inesperada dela me pegou desprevenido, mas ainda assim não posso negar a preocupação genuína em seus olhos. Me sinto estranhamente sortudo por ter agora pessoas que parecem se importar comigo.

Dou um passo em sua direção cruzando os braços para disfarçar meu espanto diante de sua exaltação.

— Estou bem, não se preocupe... — Sorrio, sem graça e ela me acompanha em um gesto sem jeito algum. — Eu só precisei... — pauso procurando a palavra certa para o que estava fazendo e dou de ombros quando não encontro nada muito útil ou esclarecedor. — Precisei fazer algo.

Ela mantém seu sorriso no rosto. Nasli é uma mulher aparentemente jovem e bonita, muito bonita, mas tem alguma coisa nela que me deixa inquieto de uma maneira que eu ainda não decidi se é incomodo ou não. No momento, não me sinto incomodado, nem sei se em algum momento estive assim na presença dela, mas sei que estar perto dela mexe comigo internamente. E eu gostaria de entender esse sentimento misterioso que parece me possuir de vez em quando.

Ela suspira, aliviada? Um silêncio nos rodeia até o lugar ser tomado pelo som ritmado de pés se arrastando no piso e o ruído doce de uma risada infantil e baixa.

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