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Buona notte 🙃


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ྉ Nasli


Meu coração parou e, por um instante, senti como se alguém estivesse com a mão fechada sobre ele. Eu conhecia aquela sensação, a senti por diversas vezes ao longo da vida.

É claro que com a distância eu não poderia afirmar com certeza se tratar do meu filho, mas sempre soube que tinha relação com ele, instinto materno, eu acho.

Toquei o ombro de Nuri, concentrado em seu celular ao meu lado, ele me fitou calado quando indiquei que ele pegasse Ezgi dos meus braços, mas o fez.

A menina estava aninhada em um sono tranquilo e eu não queria acordá-la, mas já faziam horas desde que Eda tinha entrado em trabalho de parto e desde então nenhuma notícia veio. Levantei-me da cadeira, Mark se aproximou com o cenho franzido olhando vagamente para os lados.

— Algum problema?

Pensei por um momento, esperava que não houvesse problema algum, mas essa coisa pesando no meu peito estava me deixando inquieta. Pisquei algumas vezes antes de concentrar meu olhar nele. Agitei a cabeça de leve levando a mão ao peito.

— Nenhum, acho que vou pegar algo para beber.

Mark pareceu sorrir timidamente para mim, ele se tornou um bom amigo e por vezes confidente, mas em alguns momentos ele simplesmente parecia... Diferente. Aproximou-se mais de mim. — Posso buscar para que você não precise sair, caso algo aconteça.

Sorri fracamente e neguei tocando de leve em seu braço. — Não é necessário, preciso de um pouco de ar também. — Sua boca se abriu, previ que algo como "posso acompanhá-la" viria e me apressei em dizer. — Não vou demorar, mas pode ficar de olho nos dois para mim?

Arrastei meus olhos até Nuri com a menina em seus braços. Gosto da companhia de Mark, mas no momento eu só preciso fazer essa sensação sumir e sei que só acontecerá depois que meus olhos se firmarem naqueles dois. Eda e Serkan.

Mark pareceu estudar a sala de espera, Ayfer, Melo e Ceren estavam sentadas alguns bancos depois de Nuri. Seu rosto confuso pareceu se suavizar depois de sua vistoria e ele assentiu.

Com seu consentimento apressei-me para os corredores dando sorte de encontrar as portas do elevador abertas. Ponderei por um instante, deixando meus dedos pousarem sobre o número do andar da cantina. Um café cairia bem, mas acabei apertando o 3º andar.

Quando as portas voltaram a se abrir deixei o elevador, o silêncio ali era rompido apenas por chamadas nas caixas de som e o barulho de rodas e sapatos no piso branco.

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