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Gente, essa música 🥺 💖

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ྉ Serkan

O lugar se parecia com Eda, não como a Eda que desfilava de um lado a outro no restaurante sem mal respirar usando um vestido preto que não passava do meio de suas coxas. O lugar se parecia com a Eda que usava collant na maior parte do dia e sorria para estranhos na rua como se os conhecesse.

Era exatamente como essa Eda.

Me encostei mais no balcão ao lado de Nuri vestido em metade de um terno, digo metade por ele levar apenas o colete e as calças, seus cabelos castanhos estavam perfeitamente penteados nem mesmo um fio solto no rosto. Ele parecia nervoso, torcendo os dedos enquanto organizava cardápios e recontava as garrafas no bar atrás da gente.

— Precisa respirar de vez em quando ou vai passar a impressão de que está a ponto de explodir.

Ele se virou para mim permanecendo calado por um bom tempo até entender o que eu tinha acabado de sugerir. O ar saiu dele em uma lufada longa, Nuri encolheu os ombros jogando os braços sobre o balcão de madeira, o La Luna tinha aberto suas portas pontualmente e desde que entramos Eda não tinha parado um minuto sequer.

Eu conhecia algumas daquelas pessoas, grande parte delas estava na feira no dia em que Eda e eu dançamos pela primeira vez debaixo de uma tremenda chuva. Foi também o dia em que nos beijamos e ela felizmente não me mordeu, bateu ou castrou.

Ezgi havia se sentado entre Piril e Nasli, encantada pelo bebê que eu ainda não tinha tido coragem de ver de perto. Ainda assim, Piril parecia ter algo para falar comigo pela maneira que acenava e sorria a cada cinco minutos.

A ideia de me tornar padrinho do filho dela, mesmo que absurda me deixava realmente embevecido. Me tornar padrinho de Can significava mais tempo na vida de Eda, padrinhos eram para sempre afinal, então, mesmo que ela se cansasse de mim futuramente não estaria totalmente livre de mim.

— Acha que vai funcionar? — Nuri girou o corpo para encarar o lugar com boa parte das mesas ocupadas e as vozes altas zumbindo pelo ambiente. — Quero dizer, acha que as pessoas continuarão vindo depois de hoje? — Voltou a prender o ar com os olhos acompanhando a irmã desfilando com um sorriso pelo salão. — Isso é tão importante para ela.

Suspirei afundando uma mão no bolso da frente enquanto levava o copo de uísque a boca com a outra. Sinceramente, tudo naquele lugar me levava a acreditar em seu potencial de alavancar no mercado.

O La Luna mesmo antes da reforma passava a ideia de um recanto perdido no meio da cidade, um daqueles lugares para o qual você escapa quando a loucura do dia a dia está perto de te consumir, agora se parecia ainda mais com um refúgio.

Eda tinha posto a alma dela naquele lugar.

Era visível desde a nova faixada com o nome sendo envolvido por uma fita como se dançasse com as letras até as mesas cobertas por toalhas xadrezes em vermelho e branco.

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