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Buenas 🙃

Buenas 🙃

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ྉEda

Tinha algo estranho no homem alto, forte - muito gostoso -, e totalmente compenetrado em seu celular caminhando ao meu lado.

Serkan sempre foi sisudo, mas desde que o fator "Nasli é sua mãe" ficou em evidência ele parece ainda mais sério, como se seu cérebro fabricador de dinheiro estivesse sofrendo para processar os fatos. O que não me surpreende, não é algo fácil de digerir, ainda mais pela forma como ele descobriu.

Alptekin Bolat era um verdadeiro micróbio, se é que um micróbio consegue ser tão repulsivo quanto ele, eu desconfio que não.

Seu celular vibrou mais uma vez, ele não esperou sequer pela segunda vibração antes de agarrá-lo nas mãos e parar nossa caminhada pelo caminho escorregadio entre as árvores de diversos tamanhos, parei mais a frente olhando dele para a pequena saltitante com o cachorro a certa distância.

— Olha mamãe! — Ezgi gritou agitando os braços, estava ligada nos duzentos e vinte desde que a buscamos na casa da minha tia hoje pela manhã. Serkan esperou no carro se resguardando de esbarrar acidentalmente com Nasli. Vê-lo assim partia meu coração e, tudo o que eu poderia fazer era estar ao seu lado. Aquele era um passo que apenas ele poderia dar. — Sirius achou uma poça bem aqui.

— Ah, não o deixe pular aí Ezgi. Está muito frio.

— Mas eu estou usando galochas, mãe! Elas são feitas para isso. — Constatou com uma trança pendurada em cada lado da cabeça, trazendo os pezinhos envelopados com as galochas brilhantes que eu tinha colocado no carro. — São para pular nas poças!

— Sirius não está usando galochas, e seu pai vai ficar bravo se sujar o carro caro dele com lama. — Me virei para Serkan que ainda mantinha os olhos no maldito celular.

Seria possível que ele não estivesse percebendo a crise aqui? Ezgi encolheu os ombros chutando uma pedrinha e puxou o cachorro para longe da poça, ouvi seu suspiro contrariado e logo ela se concentrou em um uma das árvores a sua frente.

De onde ela tinha tirado que as galochas eram para pular nas poças? Aquela coisinha cor-de-rosa irritante. Aposto que Piril a tinha deixado assistir aquela família de porquinhos do mal, pobre Can, seria criado por uma mãe maluca que o faria assistir Peppa Pig.

— Serkan, vai nos ajudar a escolher uma árvore ou vai ficar com a cara nesse celular o dia todo? Viemos para nos distrair e passarmos um dia juntos, ou não?

— Quê? — Demorou um tempo até que seus dedos parassem e ele levantasse a cabeça para mim.

Bufei sentindo meu sangue ferver. O que era tão interessante ali que o estava distraindo mais que Ezgi, ou eu? Sua esposa.

— A árvore, Serkan!

— Ah, certo. — Caminhou para mim segurando minhas mãos enluvadas e voltamos a caminhar. A cada dois passos que dávamos ele empurrava um galho verde para longe do rosto. — Tem certeza que não prefere uma daquelas que vendem nas lojas de departamento? São secas, não sujam e... — se inclinou sentindo o cheiro que eu particularmente adorava. — Cheiram bem melhor.

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