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Essa música gente, zero estruturas 💞

Boa Noite, humanos😁

Errata: sobre o final do capítulo anterior, para quem leu antes da correção teve um pequeno erro em relação a idade da Ezgi onde dizia-se que ela tinha dez e não oito (Ela tem oito) foi um erro no percurso do meu cérebro aqui. Desculpem, o trecho já se encontra corrigido. Dito isto, boa leitura... 

Audiência de custódia

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Audiência de custódia

Serkan

— Muito bem, vamos ouvi-los. — Disse a juíza com sua postura rígida e autoritária, recostada em sua cadeira no pequeno palco a nossa frente folheando algumas folhas ela inclinou-se minimamente em minha direção estreitando seus olhos escuros sob as lentes transparentes de seus óculos. — Serkan Bolat, trinta anos e engenheiro. Confere?

Remexi-me na cadeira clareando a garganta antes de afirmar com a voz o mais firme que consegui. A mulher tinha algo de muito intimidador na maneira como olhava para as pessoas.

— Consta aqui que o senhor se tornou tutor temporário da menor... — Fez uma pequena pausa avaliando o que tinha a sua frente antes de continuar. — E diz também que a menina foi retirada de sua custódia após uma violação de conduta.

— Isso foi um completo mal entendido, meritíssima. Um infortúnio. — Ceren interveio mantendo um tom calmo ao dizer as palavras.

— Então, o senhor não agrediu uma pessoa em plena via pública? — Indagou a mulher voltando a apertar seus olhos em mim.

— Sim. Eu fiz! — Disse firme, procurando sustentar o olhar cáustico dela com a mesma intensidade.

— Ele não teve culpa, foi provocado.

O olhar dela me abandonou e vagou até a mulher ao meu lado. Eda havia se levantado e a encarava com o queixo firme e arrebitado. Me senti orgulhoso e sortudo por tê-la ao meu lado, mas ela provavelmente nunca esteve presente na corte.

A juíza apenas a fitou por alguns instantes antes de tomar fôlego. — Por favor senhora, vou pedir que não fale a menos que seja solicitado.

Apertei os dedos nos dela observando sua expressão caótica, sua boca se abriu e eu fechei os olhos aguardando sua explosão, mas ao invés disso ela se deixou cair novamente em sua cadeira, tentando desfazer sua indignação com a mulher a nossa frente, lutando para não emburrar o rosto como uma criança enquanto seus dedos se mantinham presos nos meus.

Deus como eu amo esta mulher.

— Senhor Bolat.

Retirei minha atenção de Eda, cruzando o olhar rapidamente com Ceren ao levá-lo para a mulher com sua expressão impassível. — Admite ter agredido um homem?

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