Capítulo 23.

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29 de agosto de 2002
Neverland Valley Ranch
Los Olivos, Califórnia

Catalina Hernandez
23:30

— Você não vai responder? — indago agora de pé o encarando com os braços cruzados na frente do corpo. Já estamos há uns 5 minutos nos encarando após a minha pergunta e ele sequer abriu a boca. Suspiro e encaro o teto, com os olhos cheios, engulo o choro e volto a olhar para ele.— Preciso ir, Michael. — solto os braços ao lado do corpo e faço menção de sair.

— Cat, não fique assim. — sua mão toca meu braço. — Vamos conversar, por favor. — ele me chama rapidamente. Paro e me viro para ele. — Eu não namoro Louise, okay? Não existe nada entre nós. — ele se explica e eu continuo o encarando séria.

— Ela não deve ser uma completa estranha, já que a sua filha de 4 anos se referiu a ela como sua namorada. Seus filhos não costumam mentir, Michael, você os conhece melhor do que eu e sabe disso. — digo firmemente e ele suspira.

— Louise e eu nos conhecemos há alguns anos. — ele senta na poltrona enquanto eu continuo de pé o observando. — Nós tivemos algo, sim, não nego. Mas há muito tempo não nos vemos. Louise foi para a França há mais de um ano, e desde então nós praticamente não mantemos contato, eu sequer esperava que ela viesse hoje. — suspira enquanto me encara. Passa a mão nos cabelos e no queixo, com certeza ele está nervoso. — Eu não tenho nada com a Louise, acredite! Paris usou essa referência porque ela já esteve no rancho antes e já havia conhecido meus filhos, ela pode ter nos visto juntos ou algo assim. — suspira pesadamente. Sua fala contém sinceridade, eu posso sentir.

— Vocês pareciam bem íntimos durante a festa. — me aproximo mais da poltrona baixando a guarda, mas ainda estou chateada. Louise não me cheirou bem.

— Bem, a verdade é que eu não tenho coragem de simplesmente a dispensar, ela sempre foi muito gentil comigo. Eu tento me distanciar, mas ela sempre me liga e... eu não quero ser rude com ela. — diz docemente fazendo uma carinha fofa, eu quase não consigo resistir. — Desculpe por fazer você se sentir dessa forma essa noite. — ele me olha nos olhos falando em um tom cabisbaixo.

— Tudo está bem, ainda é seu aniversário. — me aproximo colocando a mão em seu ombro. Ele inclina seu rosto e beija a minha mão. Suspiro e me afasto dele. — Preciso ir. — digo e ele levanta parando bem próximo a mim.

— Pensei que ficaríamos juntos hoje. — se aproxima de mim acariciando meus braços.

— Eu não sei se é uma boa ideia. Sua família está toda hospedada aqui e...— digo francamente, Michael se aproxima ainda mais e me interrompe beijando meu pescoço espalhando beijinhos por toda a minha pele. — Hey, eu sei o que está tentando fazer! — digo e ele solta um risinho, passa língua pela minha pele e eu fecho meus olhos.

— Eu acho que nós poderíamos fazer outra festa aqui dentro. — chupa o lóbulo da minha orelha me fazendo sorrir involuntariamente. — Somente nós dois...— ele sussurra em meu ouvido, sinto meu corpo esquentar dos pés a cabeça.

— Michael, não brinque assim comigo. — digo entre suspiros. É impossível resistir aos seus charmes. E pensar que há algumas horas atrás eu estava chorando por ele no banheiro da casa. Eu normalmente não exagero tanto assim quando me decepciono, devo estar de TPM.

— Eu adoraria brincar com você a noite inteira. — ele me encara nos olhos, antes que eu possa responder sua boca cola nossos lábios em um beijo urgente e bruto. Sua língua adentra minha boca explorando cada canto, se enroscando na minha perversamente, me fazendo sentir o meio das minhas pernas ficar cada vez mais quente.

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