Capítulo 61.

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Catalina Hernandez
26 de julho de 2005
Los Angeles, California
16:30

O cheiro de casa entra pelas minhas narinas me trazendo um conforto gostoso. Depois de 10 dias fora é tão bom estar em casa! A viagem foi ótima. Mesmo com o clima estranho entre Pablo e eu, consegui deixá-lo de lado e aproveitar cada momento e foi maravilhoso, mas ainda assim, nenhum lugar é como a nossa casa.

Empurrei minha mala até o meu quarto e me joguei na cama macia e quentinha. Aqui vou aproveitar os meus últimos dias de férias e adiar eternamente o momento de desfazer a mala e arrumar todas essas roupas no armário. Eram os meus planos, até ouvir o som abafado do meu celular vindo da sala.

Caminho em passos largos até a sala de estar e procuro por ele na bolsa, quando finalmente o encontro, ele para de tocar. Aperto os botões e franzo o cenho quando o nome de Michael aparece na pequena tela. É estranho ele me ligar a essa hora, é madrugada no Bahrein.

Retorno a ligação imediatamente e em poucos segundos, ele atende.

— Michael? Está tudo bem? — pergunto com preocupação. Apesar de saber da sua dificuldade para dormir, não é comum que ele me ligue a esse horário.

— Olá, Cat, como está? — a sua voz mansa tem um tom de preocupação, confirmando a minha suposição de que algo não está certo.

— Estou bem, acabei de chegar na Califórnia. — comentei. — As crianças estão bem? 

— Paris e Prince estão ótimos, mas Bigi, ele não está muito bem desde ontem... — ele suspirou e eu senti a preocupação tomar conta de mim. — Ele tem tido febre e não quer se alimentar de forma alguma, além disso... — um suspiro dolorido interrompe a sua fala — ele chama por você a todo tempo.

— O que o médico disse? Pode ser grave? — questionei rapidamente. Meu pequenino está doente e eu estou a milhares de quilômetros de distância. Essa é uma das piores sensações que uma mãe pode sentir.

— O médico veio vê-lo ontem, disse que é provável que seja febre emocional, já que ele não tem tido outros sintomas. Na última semana ele tem chamado muito por você, Cat. Às vezes, até acorda no meio da noite. — diz tristemente e eu sinto o meu coração se despedaçar. — Por favor, venha até o Bahrein. Sle você disser que sim, eu imediatamente consigo que venha amanhã cedo. — ele suplica e eu imediatamente confirmo.

— É claro que irei, Michael! Apenas me avise o horário que preciso estar no aeroporto e eu irei!

Michael Jackson
27 de julho de 2005
Manama, Bahrein
17:45

— Mamãe...— meu pequeno chama pela mãe com a voz manhosa. Afasto os cabelos de sua testa para sentir sua temperatura na esperança de tenha baixado, mas ele ainda está queimando.

Meus três filhos são maravilhosos e adoram brincar. Dos três, Bigi é o que possui mais energia, ele não para nem 1 segundo sequer, ele com certeza é o mais sapeca, mas isso mudou nos últimos dias. Meu pequeno tem ficado muito quieto e se alimenta somente com muita insistência, além de ter acordado diversas vezes no meio da noite chamando pela mãe.

Ontem ele teve febre e eu imediatamente liguei para um médico, que após o examinar, constatou que talvez algo tenha abalado o seu emocional, já que ele não tem sintomas de virose, nem resfriado ou qualquer outra coisa. Bigi foi medicado e o médico recomendou que eu tentasse descobrir o que causou isso nele, eu imediatamente liguei a situação à distância de Catalina.

— A mamãe já está vindo, meu amor, ela está chegando. — acariciei seus cabelos e ele se aconchegou mais em meu colo, fechando os olhinhos e dando um grande bocejo.

Catalina Onde histórias criam vida. Descubra agora