Capítulo 5.

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23 de Março de 2002
Neverland Valley Ranch
Los Olivos, Califórnia

Catalina Hernandez
11:45

— Cat, por que sua voz é diferente? — Paris pergunta sem tirar os olhos de seu desenho. Nós estamos fazendo alguns desenhos com lápis de cor.

— Porque eu sou de outro país e meu sotaque é diferente. — explico simples, ela parece pensar mas continua pintando.

— De qual país você é? — ela indaga curiosa.

— Sou do México. — sorrio orgulhosa para ela. — Nós temos praias lindas e comidas deliciosas. — aperto seu nariz e ela ri.

— Eu adoro comida mexicana. — Prince diz empolgado. — Mas nós nunca fomos ao México. — faz um biquinho fofo.

— Cat, poderia nos levar para conhecer o seu país algum dia? — Paris me pede com os olhos azuis pidões e com um grande sorriso.

— Se o papai de vocês deixar, com certeza. — digo empolgada e faço cócegas nos dois que gargalham sem parar.

Passamos mais um tempo pintando. Prince e Paris são extremamente inteligentes e quiseram saber tudo sobre o meu país, eu até os ensinei algumas palavras em espanhol. Logo Michael apareceu para nos avisar que o almoço estava pronto, em um clima ótimo nós almoçamos.

Michael Jackson
16:30

O dia está quente hoje, almoçamos e resolvemos brincar pelo jardim. Prince e Paris ficam elétricos quando Catalina está aqui. Não que eles já não sejam naturalmente, mas ela trás essa energia para a casa e para eles. É incrível. Caminhamos juntos pelo jardim, Catalina e meus filhos caminham e riem na frente. Eu apenas observo um pouco mais atrás, é uma bela cena.

— Papai, nós podemos ir à piscina? — Paris vem até mim com seu olhar pidão. Não consigo resistir aos seus pedidos quando ela faz isso.

— É papai, está calor. — Prince corre até mim para me convencer.

— Hmm. — finjo pensar um pouco, eles me olham apreensivos, seguro um risinho. — É claro que podem. — respondo e vejo eles saltitarem de felicidade. — Precisam vestir suas roupas de banho. — digo a eles que assentem. Chamo as babás que os acompanham até a casa.

— Não vai entrar na piscina? — me viro e vejo Catalina se aproximar.

— Não. Na verdade não posso, tenho sensibilidade ao sol. — explico para ela que assente com a cabeça. — Você não vai querer entrar? — pergunto para ela que nega com a cabeça.

— Não trouxe roupas de banho. — dá de ombros. — E além do mais, eu soube que há uma grande biblioteca aqui. — morde os lábios contendo um sorriso. — Posso ver? — ela sorri tortos arrancando uma risada.

— É claro que pode. Venha comigo, vou te levar até lá. — a chamo e caminhamos juntos em direção a casa.

No caminho até a biblioteca, Catalina me contava sua paixão por leitura. Contou sobre quando morava no México e sua família tinha o ritual de lerem juntos nos finais de semana, é realmente muito bonita. Ela ficou impressionada e os olhos brilhavam quando chegamos a biblioteca. Um amante da leitura.

Catalina Onde histórias criam vida. Descubra agora