Capítulo 19.

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20 de maio de 2002
Los Angeles, CA

Catalina Hernandez
15:10

Abro a porta de casa e entro a trancando por dentro. Tiro os sapatos e caminho em direção ao meu quarto, jogando minha bolsa no sofá. É estranho chegar e não ouvir os miados de Hugo, ainda não me acostumei.

Há mais ou menos duas semanas atrás Hugo se mudou para Neverland. É até engraçado, o meu gato se mudando para a casa do meu patrão. O que aconteceu foi que quando Cléo voltou para Washington, há duas semanas atrás, meus finais de semana em Neverland tiveram que parar, afinal, eu não poderia abandonar meu gato no meu apartamento, sem comida e água por um final de semana inteiro. Mas Michael, esperto como é, deu a ideia de que Hugo ficasse em Neverland, me prometeu que ele seria muito bem cuidado e insistiu até me convencer.

Então eu levo Hugo, e posso dizer que com certeza eu estou sentindo mais a falta dele do que ele a minha. Paris e Prince se apegaram rapidamente ao gatinho e Hugo adorou ter mais espaço para brincar e dormir. Foi bom para ele, mas eu sinto falta do meu companheiro de todos os dias.

Hoje a aula foi incrível, Prince e Paris estão lendo perfeitamente bem. Com certeza metade do mérito vai para o pai que lê com todos os dias. Michael é um pai incrível. E por falar nele, nossa "relação" está tomando forma aos poucos, pelo menos é o que acho.

Nós passamos bastante tempo juntos, conversamos, trocamos carinhos e namoramos muito. Ainda não é um namoro mas eu posso sentir que vamos passar de fase logo. O que tenho certeza e de que amo a companhia dele, me sinto em paz, completamente elevada e quanto mais o tenho perto, mais próxima quero ficar.

Eu já aceitei o fato de estar sentindo algo pelo meu chefe. Tive um conversa franca com Michael há alguns dias e ele meio que abriu os meus olhos para isso. Agradeço muito a ele por me ajudar a me livrar deste peso.

{Flashback}

17 de maio de 2002
Neverland Valley Ranch
Los Olivos, CA

Catalina Hernandez
02:30

Caímos exaustos na cama após mais um sexo quente. Gozei pela 5° vez e ainda não são 02:00 da manhã. Tento controlar minha respiração ofegante que faz meu peito subir e descer rapidamente. Sinto seus braços me puxarem para um abraço carinhoso. Seus lábios depositam um beijo em minha testa e ele acaricia meus cabelos, se estão completamente desgrenhados.

— Se continuarmos neste ritmo, amanhã estaremos exaustos. — digo e ele ri baixinho.

— É impossível parar quando estou com você. — ele diz quase em um sussurro e beija meus lábios rapidamente. Afasta nossos corpos e levanta da cama, caminhando completamente nu até o banheiro. Eu gosto dessa intimidade que temos desde a primeira noite. O observo até que ele encoste a porta, deixando apenas uma brechinha.

Me sento na cama e prendo meu cabelo em um coque, subo o lençol até a altura dos seios e me encosto na cabeceira. Eu adoro o que Michael e eu temos, é uma delícia. Mas antes disso, ainda sou sua funcionária. Eu sempre achei antiético patrões que se relacionavam com suas funcionárias e em todos os empregos que tive nunca dei abertura para que isso acontecesse.

Mas com Michael foi diferente, ele é diferente. Me atrai tanto a ponto de se tornar irresistível, é impossível resistir a ele. Ele é como uma droga para mim. E toda essa situação tem tirado meu sono! Eu prezo demais o profissionalismo e olha onde estou: na cama do pai dos meus alunos!

Catalina Onde histórias criam vida. Descubra agora