CAPÍTULO 22

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- A quanto tempo! - Osmar me recebe em um café com seus braços estendidos e eu o ironiso com um sorriso de canto

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- A quanto tempo! - Osmar me recebe em um café com seus braços estendidos e eu o ironiso com um sorriso de canto.

- Não de faça, nos vimos a poucas semanas em meu casamento.

Puxo a cadeira a sua e me sento e ele faz o mesmo voltando a seu lugar.

- Ah. É mesmo. Mas parece tanto tempo.

- Nem me fale. - lamentei todo aquele tempo enquanto um garçom se aproximava e ele o dispensou pedindo para voltar daqui alguns minutos.

- Pelo que vejo o que quer me falar é realmente importante.

- Nada em específico, mas prefiro conversamos a sós.

- Então vamos direto ao assunto, não tenho muito tempo. - o respondo cruzando meus braços e me recostando em minha cadeira.

- Ok. Como está seu casamento?

Arqueio uma sobrancelha enquanto o encaro duvidando se esse seria o real assunto para ter me convidado a vir até aqui, mas acabo o respondendo curioso em saber até onde esse assunto nos levaria.

- Bem. Melhor do que o esperado.

- Que bom. Porque deve ser difícil casar desta forma. Você sabe, um casamento arranjado e tão em cima da hora, tão as pressas, sem estar preparado.

- Não quando você você sabe a anos que isso uma ou outra poderia acontecer. Eu concordei com esse casamento anos atrás e o honrei como prometido.

- Mas não é nem um pouco estranho? Mesmo depois de tanto tempo, você de repente se casa, não conhecendo sua noiva direito.

- Eu tenho meu casamento para conhecê-la. E uma esposa só se conhece se casando. Veja você mesmo. Hanna é a mesma garota que você namorou durante anos, mesmo durante o casamento?

Osmar parece ponderar minha pergunta e de repente dá de ombros.

- Não. Realmente não é.

- O mesmo acontece com Laila. Estou a conhecendo como esposa, porém, sem a ilusão de uma mulher que ela não será mais.

- Mas... Mesmo assim... - vejo que Osmar está buscando novos rodeios, novas perguntas e eu o interrompo.

- Vamos lá primo, me diga. Porque me chamou até aqui, e não me diga que é para falar sobre o meu casamento.

Sinto um frio correr em minha coluna quando penso em um dos motivos que o relacionaria, não exatamente ele, mas Hanna, porém, logo afasto aquele pensamento e foco no homem a minha frente.

- Em partes sim. Mas se seu casamento está tão bem assim, seria prudente não falar sobre o passado.

- É sobre ela? - questiono sentindo todo meu corpo reagir, e como de uma hora para outra estou ansioso, sentindo meus batimentos mais fortes, e até forço para engolir em seco apenas por voltar a pensar que Osmar poderia ter me chamado até ali para falar sobre Isadora.

Osmar me encara por um tempo como se precisasse pensar em que ia me responder, até que acena silenciosamente concordando.

- Ela está bem? Como ela está? Aconteceu alguma coisa? - as palavras mal surgem em minha cabeça e fogem por minha boca, me fazendo dar conta que algo poderia ter acontecido.

- Não. Não se preocupe. A Isa está bem. - ele fala me aliviando, mas então baixa sua cabeça e passa sua mão por sua nuca como se pensasse melhor, voltando a me deixar ansioso - Quer dizer, tem uma coisa. - seus olhos voltam para mim e eu sinto meu peito se apertar - Você quer vê-la uma última? Nem que seja de longe, apenas uma vez?

Sua pergunta me pega desprevenido e eu me pergunto aquilo mentalmente.

Eu queria ver Isadora mais uma vez? Eu queria ver a mulher que me deixou sozinho naquele hotel e desprezou o que eu sentia por ela, mesmo hoje estando casado, bem casado, e com minha esposa na mesma cidade? Eu queria mexer com essa ferida que se cicatrizava lentamente me dando esperança de voltar a seguir em frente?

- Sim. Eu quero. Eu preciso. - respondo ao Osmar e a mim mesmo, mesmo sabendo que isso poderia bagunçar tudo em mim outra vez, mas eu queria vê-la.

Osmar sorri de canto, e então eu me dou conta de um pequeno detalhe em sua pergunta, "última vez", mas deixo isso passar.

- Que bom. A Isa está voltando para a casa de seus pais daqui alguns dias e eu pensei que não ia dar tempo, e depois disso as coisas seriam mais difíceis...

- Tá. Tudo bem. Me diga onde eu a encontro. Como eu a encontro. - interrompo suas explicações porque eu não teria muito tempo e precisava ir logo, e isso faz Osmar rir baixo.

- Vou te passar o endereço, é no quinto andar, sala B, mas sobre hipótese nenhuma diga que nos falamos, ou que eu sabia onde elas estariam. Hanna e ela estão juntas e acabaram de sair, então tenha calma. E se você se aproximar diga que seguiu o carro de Hanna, ou algo assim, não cite meu nome.

- Tudo bem. Teremos esse encontro como um segredo, mas posso ir agora?

- De preferência o quanto antes.

Osmar me passa o endereço e com isso eu saio daquele café me sentindo como um adolescente impulsivo em uma aventura. Eu era tomado pela ansiedade e também pela curiosidade. Mas eu precisava ter calma. Reencontrar Isadora agora era mexer com coisas que eu havia aceitado como parte do meu passado, e eu precisava saber o que eu iria fazer quando isso acontecesse. Eu iria querer apenas vê-la, ou me aproximar? E se me aproximasse o que eu lhe diria? O que eu faria quando a visse e ela quisesse falar comigo? E se não quisesse? Como eu ia reagir ao rever a mulher que mexia não só com meu corpo, mas com minha mente, meus sentimentos e todas as minhas estruturas?

 Eu iria querer apenas vê-la, ou me aproximar? E se me aproximasse o que eu lhe diria? O que eu faria quando a visse e ela quisesse falar comigo? E se não quisesse? Como eu ia reagir ao rever a mulher que mexia não só com meu corpo, mas com minha ...

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E aí? O que devemos esperar desse reencontro?

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E aí? O que devemos esperar desse reencontro?

Teremos Isa e Rael juntos outra vez?

Curiosas?
Conto mais no próximo capítulo...

Façam suas apostas, por aqui o jogo ainda não terminou...

Beijinhos
Môa 💋

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora