Depois de uma discussão acalorada, com ameaças e o choro falso da Layla, agarro seu braço e a arrasto para fora daquela sala reservada, no segundo andar do salão, e a entrego para o segurança que está parado no corredor.
- Coloque ela dentro do primeiro carro e a leve para bem longe de mim. - ordeno sentindo minha raiva prestes a explodir quando vejo suas falsas lágrimas e seu olhar mordaz em minha direção.
- Você irá se arrepender disso, Rael. Meu pai vai ficar sabendo de tudo o que me disse.
Eu a ignoro e volto para a sala, batendo a porta logo atrás de mim, pois se ficasse um segundo olhando para aquela mulher, eu cometeria a maior atrocidade da minha vida.
Vou até às longas janelas para tentar distrair minha cabeça e me acalmar, e assim que olho através do vidro, para a calçada na saída do salão, vejo Isadora colocando nossos filhos dentro do nosso carro e meu peito se aperta em uma agonia que me faz fechar meus olhos com força para tentar reprimir a dor que me rasga por dentro.
Eu prometi a ela que não a decepcionaria outra vez, que eu provaria o quanto poderia mudar por ela e por nossos filhos, e que eu conquistaria seu perdão. Mas como posso fazer isso e dizer a ela que a Layla esperava um filho meu? Um filho esse que fiz enquanto a deixava sozinha em nossa casa, grávida dos nossos filhos, apenas porque eu não suportava o fato de amar ela e meu orgulho não me deixar lhe provar isso.
Mas eu não a culpava por ela estar escolhendo ir embora, voltar para nossa casa com nossos filhos. Eu mesmo faria isso logo em seguida, só precisava me acalmar um pouco, então iria para nossa casa implorar o perdão da mulher que eu tanto amava.
E enquanto estou ali, ouço a porta da sala se abrir, e assim que me viro vejo meu pai que entra encostando a porta logo atrás dele.
- Que cena foi essa lá em baixo? Eu não compreendo como você não pode dar conta de duas mulheres. Como vou poder confiar o futuro dos nossos negócios em suas mãos?
Ignoro completamente meu pai, e saio de perto da janela para que ele não fosse até ali e visse a Isadora, que faria ele virar todo seu discurso para lhe acusar de coisas que ele sabia muito bem que ela não era.
- Eu irei devolver a Layla. - deixo minha decisão clara a ele, que me olha surpreso e cheio de raiva.
- Layla? Agora? Mustafa jamais irá lhe perdoar, jamais perdoará nossa família pela ruína de suas filhas, e nós precisamos dele. Você precisa do apoio dele, Rael. Você só pode estar ficando louco.
- Não. Eu estava louco quando aceitei me casar com ela, conhecendo todas suas más criações, sabendo que ela era uma mimada, e uma víbora. E o senhor só se aproveitou do fato que na época faria qualquer coisa para merecer um dia ficar em seu lugar. Mas quer saber? Nem isso quero mais. O senhor deveria se humilhar e convencer o Jamil a isso, pois não vou continuar na empresa se tiver que continuar casada com a Layla.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)
RomanceJá se viu em um dilema de ser criado para uma coisa e o futuro reservar algo totalmente diferente para você? Essa é minha história. Sou Rael Al-Naryan, primogênito e herdeiro das empresas da família Al-Naryan, um legado de sheiks, homem fortes e imp...