CAPÍTULO 25

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Sinto minhas mãos tremendo e suando

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Sinto minhas mãos tremendo e suando. Estou nervosa, muito nervosos, e nem sei até que ponto isso fazia bem aos bebês. Mas não tenho como evitar. Hanna e Osmar foram para o quarto, nos deixando sozinhos para conversar, e estar ali, de frente ao Rael outra vez mexia completamente comigo. Porém agora não era só a sensação de calafrios, os batimentos acelerados, o frio na barriga, a respiração pesada, era também a agonia que fazia um nó em meu estômago, me apertando e estrangulando, que me fazia perceber o quanto estava nervosa. Até suando eu estava.

- Então. Vai me dizer com suas palavras o que está acontecendo aqui? - ele me questiona aquilo outra vez e eu me sento na poltrona da sala, olhando para os lados, vendo que não tenho como fugir.

Eu não era assim, eu não era covarde, mas como se diz ao homem da sua vida que está grávida dele sendo que vocês nunca poderão ficar juntos?

Mas respiro fundo puxando toda a coragem de dentro de mim, assim como tentava recuperar meu eu interior, não permitindo ser abalada por sua presença.

- Sim. Eu estou grávida. É isso que você queria ouvir?

Vejo o brilho em seus olhos quando eles param em mim, me encarando. Mas seu corpo também parece ficar tenso, como ele estivesse se controlando. Até que passa a mão entre os fios perfeitos dos seus cabelos, parecendo tentar respirar fundo, atordoado com a minha confirmação.

- E deduzo que eu seja o pai dessas crianças. - ele conclui e eu não preciso nem lhe responder - Quando você pretendia me contar? Quando pensava em me dizer que eu ia ser pai?

Sua voz está diferente, está mais rouca, mas também mais instável e até um pouco trêmula. Seja lá o que estivesse acontecendo estava também desistabilizando ele. Mas sou sincera ao lhe responder.

- Eu não pensava em te contar.

Rael para e me encara com sua mandíbula travada, quando parece ser pego de surpresa com minha resposta.

- Bismillah! (Em nome de Deus) Como você não pensava em me contar? Como não ia me dizer que estava grávida dos meus filhos? - seu tom é frio e enfurecido, mas ele não se move, e continuamos com a mesa de centro da sala entre nós - Como ia me esconder uma coisa dessas, Isadora?!

Sinto minha mandíbula querer tremer e engulo o choro que chegar a subir até a minha garganta. Era muito difícil ter uma conversa como essa estando grávida e com os sentimentos tão balançados.

- Eu não sei. Eu não pretendia te dizer. Você está casado, do outro lado do mundo...

- Mas são meus filhos, Isadora! - sua voz me interrompe, e mesmo que ele não tenha levantado seu tom de voz, ela parecia como um rugido.

- E eu pensei que nunca mais iria te ver. - minhas últimas palavras saem um pouco trêmula, e eu sinto meus olhos cheio de lágrimas.

Eu não poderia chorar, não agora.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora