CAPÍTULO 58

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Eu não sabia como descrever os dias seguintes

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Eu não sabia como descrever os dias seguintes. Eles foram no mínimo estranhos, e no máximo completamente anormal.

Depois da morte da Layla parecia que tudo virou um silêncio. Toda a família estava em luto por ela e pelo bebê, que o Rael não havia me dito que ela esperava.

Tudo bem. Eles não estavam mais vivos, e isso era horrível, mas eu tinha certeza que esse era o motivo para o Rael ter voltado completamente estranho depois de ir até a casa dela um dia antes do acidente. Então, porque ele não me disse nada? Ele achava que poderia esconder isso de mim? E eu me pergunto. Quando ele iria me contar se não houvesse acontecido o acidente com eles?

Bem. Talvez eu nunca tenha essas respostas, já que o Rael mal tem falado comigo. Ele agora passa o dia todo fora. Acho que está trabalhando, ou na empresa, eu não sei. Mas todas as noites ele está com o Khalil, e isso eu sabia porque a Aysha me contou quando me ligou outro dia para saber como nós estávamos.

Mas todas as madrugadas que o Rael chegava, ele passava apenas no quarto dos nossos filhos. E eu sabia disso porque eu não conseguia mais dormir sem ouvir ele chegando e passando pelo quanto do Raed e do Dario.

E quando o dia amanhecia, e eu acordava para amaentar nossos filhos, ele não estava mais em casa, e não voltava nem ao menos para dar o banho das crianças, ou ficar com eles acordados.

E todo esse afastamento do Rael só nos serviu para uma coisa. Esfriar ainda mais o pouco que conseguimos construir entre nós depois que viemos da maternidade.

E aquela vontade de voltar para casa não parava um dia se quer de aumentar de tamanho. E essa vontade dobrava sempre que eu falava com meus pais e chorava com eles, desejando tanto que eles tivesse aqui para me ajudar a passar por isso.

A Kiara e a Hanna também estavam me ligando com mais frequência. E a Hanna chegou até a prometer que no próximo mês ela viria com o Osmar passar uma temporada em nossa casa, para tentar nos ajudar a enfrentar tudo o que estamos passando como casal. Mas o próximo mês ainda estava longe, e até lá era tempo demais. E tudo o que eu queria para o mês que vem, era estar bem longe daqui.

Pego meus filhos que estavam sobre a toalha no gramado, enquanto pegamos o sol mais fraco do fim da tarde, e decido entrar logo com eles, antes que a temperatura comessasse a diminuir e o vento fresco chegar.

E logo que entro com eles, empurrando o carrinho duplo, encontro uma visita inesperada parada no meio da nossa sala.

- Sallaam Aleikum!

- O que faz aqui? - aquela pergunta sai da minha boca antes que eu possa a impedir, e quando vejo ja era tarde demais - Quer dizer... Oi! Sallam Aleikum!

Jamil estende o canto do seu lábio em um leve sorriso ,e então baixa seus olhos para meus filhos no carrinho.

- Eu vim conhecer meus sobrinhos. Aquela noite não consegui ver eles direito, e me sinto um péssimo tio sendo o único a não ver eles depois de tanto tempo.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora