CAPÍTULO 33

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Meu corpo fica tenso e dou um passo me afastando do meu marido

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Meu corpo fica tenso e dou um passo me afastando do meu marido.

- Não. - o interrompo e assim que tomo uma distância segura viro de volta para ele encontrando seu olhar confuso sobre mim - Estou cansada, quero voltar para o meu quarto.

Tento passar por ele, mas Rael segura meu braço me detendo ali.

- O que pensa que está fazendo? É a nossa primeira noite casados, Isadora. - sua voz grossa parece confusa e ao mesmo tempo um pouco irritada e eu o olho com sua mão forte me segurando, então puxo meu braço do seu agarre.

- Mas não precisamos fazer isso. Esse casamento já está mais do que consumado. - falo me referindo aos nossos filhos que cresciam dentro de mim, e é para o pequeno volume em meu abdômen que seus olhos descem pouco antes deles voltarem rapidamente a me encarar.

- Mesmo assim você agora é minha esposa e devemos dormir juntos. E já chega desses jogos de você ficar me mantendo longe.

- Isso não é um jogo. - o corrijo - E não vou dormir aqui porque é o que os outros esperam. Afinal, não tem mais ninguém nesta casa. E pouco me importo para o que eles pensam. Eu estou cansada, enjoada, e tudo o que mais quero é ficar sozinha e descansar.

Vejo brevemente seu olhar suavizar, mas logo ele me olha ferozmente e tenta se aproximar, mas quando tento dar um passo para trás, suas mãos seguram minha cintura e me puxam para ele, me fazendo tentar me desvencilhar do seu toque.

- Você pode descansar, mas aqui, em nosso quarto. Chega disso Isadora, eu já disse que a quero, assim como a quis no casamento da minha prima. Eu estou fazendo tudo para lhe agradar, mas você vem tornando tudo impossível. Cadê a Isa pela qual me apaixonei? - suas mãos me puxam mais para si e quando tento me afastar seu rosto vem até a curva do meu pescoço beijando minha pele, e quando ele fica assim tão perto sinto o cheiro de bebida vindo do seu hálito.

Na Arábia Saudita o consumo de bebida alcoólica era proibido, apesar de muitos fazerem uso dela em suas casas ou lugares discretos, mas não em casamentos, então Rael estava bebendo escondido.

- Me solte, Rael. - o imploro espalmando minhas mãos em seu peito para o afastar e sinto quão quente ele está, e seus batimentos tão acelerados, mas não deixo de tentar lutar, até que afasto meu rosto, o virando de lado quando ele tenta me beijar.

- Você é minha esposa agora Isadora. Minha.

Me irrito com aquele pensamento doentio e possessivo dele, e usando toda minha força o empurro para trás, o que lhe faz dar um passo bambo para longe de mim até que se choca com a poltrona que quase o faz cair.

- Eu não sou sua, nem de ninguém. Eu estou aqui porque você usou sua chantagem contra mim, mas eu não serei sua esposa dessa forma. - esbravejo aquilo em voz alta, e sinto um peso sair de cima de mim. Mas então porque eu senti como se tivesse levado um soco no estômago quando meus olhos encontram os dele que parecem ter sofrido o mesmo golpe do que eu?

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora