Depois de receber o laudo do acidente, dirijo direto para a casa dos meus pais. Haviam muitas coisas para serem esclarecidas, sem todas as respostas que eu queria, sabia que não ia conseguir voltar a minha rotina, muito menos a minha vida.
Quando você tem tantos inimigos, até mesmo dentro de sua casa, um minuto de espera se torna o custo da vida de uma pessoa próxima a você. Só não esperava que cobrança das minhas dúvidas um dia viria desta maneira. Sempre esperei que tentassem algo diretamente a mim, uma atentado, sequestro, qualquer coisa... Eu estava preparado para isso. Mas um atentado com meus filhos era um golpe baixo demais.
Saio do carro batendo a porta com força, porque qualquer objeto que estivesse em minhas mãos se tornava uma arma para descontar a raiva que fazia meu sangue ferver em minhas veias.
Subo as escadas ignorando aquela tropa de seguranças, que o Sheik estava usando para reforçar a segurança da família, e sigo direto para dentro da mansão e depois até o escritório do meu pai. Mas logo que chego lá, quem encontro sentada do outro lado da enorme mesa não era quem eu esperava.
- Mãe? - questiono confuso vendo ela desprender os olhos de uma pilha de papéis para me olhar com um sorriso afetuoso e materno.
Nesses meus trinta anos de vida, nunca havia visto minha mãe sozinha nesse cômodo, muito menos sentada no lugar que pertencia ao meu pai.
- Rael. Sente-se. - ela estende sua mão em direção a uma das cadeiras a sua frente, e ainda um pouco surpreso faço o que ela me pede sem desprender meus olhos daquela mulher com um turbante azul escuro que combinava com seu vestido - Não me olhe assim. Não sou nenhum animal selvagem que irá lhe atacar.
- Não. Mas nesse momento não duvido de mais nada.
A senhora Al-Naryan ri divertida e se ajeita de forma confortável naquela cadeira.
- Você acha mesmo que seu pai dá conta de todas suas responsabilidades sozinho? Não foi por acaso que ele me escolheu como sua primeira esposa. Pois enquanto ele cuida dos assuntos mais delicados, eu fico com aqueles pouco relevantes. Como esse contrato com os americanos. - ela pega um dos papéis a sua frente e expreme seus olhos para ler algo escrito nele - Você abandonou nossos contatos com eles depois do seu casamento. Porque não voltou mais para lá terminar as negociações? Seria um bom negócio para nossa família.
Engulo em seco e sinto aquele aperto em meu peito.
Eu não havia voltado as negociações, pois estava evitando qualquer viagem a aquele país. Pois voltar para os Estados Unidos agora, era dar a chance da Isadora querer ir junto, e escolher ficar lá e não voltar mais para casa. Mas agora, bem... Talvez fosse o melhor a se fazer.
- Como estão as investigações sobre o acidente? Descobriram quem adulterou o carro?
Me desprendo dos meus pensamentos e vejo que a mudança repentina de assunto da minha mãe era justamente para me tirar daquele estado depressivo que eu estava voltando.
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ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)
RomantizmJá se viu em um dilema de ser criado para uma coisa e o futuro reservar algo totalmente diferente para você? Essa é minha história. Sou Rael Al-Naryan, primogênito e herdeiro das empresas da família Al-Naryan, um legado de sheiks, homem fortes e imp...