CAPÍTULO 28

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Não posso dizer que dormi naquela noite, me sentia agitada, as palavras, as expressões, o comportamento do Rael naquele jantar não me parecia em nada com o homem gentil e carinhoso que conheci no casamento de Hanna

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Não posso dizer que dormi naquela noite, me sentia agitada, as palavras, as expressões, o comportamento do Rael naquele jantar não me parecia em nada com o homem gentil e carinhoso que conheci no casamento de Hanna. E este novo homem que ele se tornou havia me assustado e me surpreendido, me levando a duvidar dos seus sentimentos, e principalmente, do que eu sentia por ele.

Mas é claro que sua ideia ridícula de casamento me pegou de surpresa. Eu jamais me tornaria sua segunda esposa, nem sua primeira, se caso ele já não fosse casado. Filho não é, e nunca foi visto como um motivo para casamento, no meu ponto de vista. Sim, nós seríamos pais. Pai e mãe das mesmas crianças, mas isso não precisava nos tornar marido e mulher. Era ridículo isso.

Porém, eu também temia que ele fosse realmente cumprir sua promessa de tirar nossos filhos de mim, caso eu não me casasse com ele. E para entender melhor tudo isso, chamei Hanna e Osmar para vir até o apartamento logo cedo, onde contei tudo para eles e para Kiara. Eu precisava pensar em todas as minhas possibilidades, e ninguém melhor do que eles pra me ajudarem nisso. Afinal, Hanna e Osmar conheciam sua cultura, e um pouco do que o Rael era capaz de fazer.

- Eu acho importante você ir com ele falar com seus pais. Talvez, ele vendo seus pais de perto, veja que você e os bebês estarão seguros e isso possa mudar essa ideia idiota de querer que você se case com ele. - Kiara comenta logo depois de terminar de me ouvir, enquanto Hanna anda de um lado para o outro da sala, como se estivesse processando tudo aquilo, até que ela para e olha da Kiara para mim.

- Não. Não é isso que ele quer indo até lá. - Hanna olha de nós para seu marido que está recostando de lado na porta que leva até a sacada do apartamento. E então vejo o quanto Osmar não esta surpreso com tudo aquilo. Mas esperamos sua resposta enquanto ele olha para todas nós e depois respira fundo dando de ombros, me deixando confusa.

- Não. Não é isso o que ele quer. Rael quer conhecer seu pai para tratar do seu casamento com o chefe da sua família, seu guardião.

- O que? - pergunto assombrada, não consigo acreditar naquela ideia que me deixa ainda mais nervosa. E em que século nós estávamos para ele ter que fazer uma coisa dessas?

Hanna olha para mim, e como me conhecia bem, ela parece ler meus pensamentos.

- É a nossa cultura. Geralmente seria o pai dele que falaria com o seu, e tratariam dos detalhes do casamento, mas por se tratar de um caso completamente fora dos nossos costumes, ele mesmo irá fazer isso. O Rael não precisa da sua permissão no momento, mas do seu pai, e depois você só terá que concordar.

- Eu não consigo acreditar que ainda exista isso. - resmungo chocada com tudo aquilo. Eu não era mais uma criança que precisava da permissão dos meus pais.

- Bem. Sorte a sua que seu pai vai achar toda essa história tão absurda quanto você e não vai fazer isso. Não, se não for o que você quer.

Tenho que concordar com Kiara que está sentada no sofá próximo ao meu. Por sorte meus pais jamais entrariam em uma maluquice dessas. Mas também tem a chantagem do Rael, e eu ainda tinha receio dele cumprir com sua promessa e tentar tirar os bebês de mim quando nascessem. Meus pais jamais teriam dinheiro para pagar advogados que pudessem me defender se fosse para um caso judicial, e visivelmente o Rael teria dinheiro e advogados mais do que suficientes para fazer isso.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora