CAPÍTULO 60

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Não consigo ao menos amamentar meus filhos

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Não consigo ao menos amamentar meus filhos. Estou nervosa e agitada demais para isso, e mesmo tirando meu leite para que as empregadas dessem na mamadeira para eles, temo que ele faça mal aos meus bebês.

Mas esse dia parecia interminável, e a noite pareceu longa demais, enquanto o Rael continuava trancado dentro do seu escritório, sem dar nenhum sinal.

Ele estava lá dentro desde quando chegou naquela casa e me viu junto com seu irmão. E posso até ficar aliviada em ele apenas expulsar o Jamil da sua casa, mas a forma como ele se trancou naquele escritório, e os sons vindos de lá logo em seguida, antes do longo silêncio, me fez temer que ele tivesse tentado algo contra si. E esperar por algum sinal seu vindo daquele cômodo, estava me agoniando.

Pensei diversas vezes ir até a enorme porta e chamar por ele, até mesmo tentar entrar, mas Nuria me impediu em todas elas. E por mais que ela tivesse me aconselhado a deixar ele sozinho e lhe dar privacidade, já estava sendo tempo demais.

Jamil também já havia me ligado e me enviado diversas mensagens, mas não tive coragem de lhe atender, nem de ao menos ler suas mensagens. Até que Nuria pegou meu celular e o atendeu respondendo todas suas perguntas e suas preocupações.

Não, o Rael não havia feito nada comigo, mas eu temia que houvesse feito algo contra ele mesmo. Ele parecia transtornado demais para todo aquele silêncio. - essa era a resposta que eu lhe daria se tivesse o atendido.

- Eu deveria ir até lá. Não aguento mais essa agonia. - sussurro ao Raed enquanto troco sua fralda na manhã seguinte - Você também acha que a mamãe deveria ir ver como seu pai está?

Raed me olha com aquele enormes olhos azuis e um frio corre em minha espinha.

Acho que perguntei ao bebê errado. O Raed sempre pareceu tão sério, e desde ontem, seu olhar parecia me acusar.

E sim, eu estava com medo. Com muito medo de quando o Rael saísse daquele escritório, assim como tinha medo que ele não saísse.

Eu estava confusa, e não sabia porque estava assim. Essa era uma boa chance e oportunidade para que ele me mandasse embora. Que me devolvesse aos meus pais. Mas porque ainda sim eu temia que ele fizesse isso?

E quando o som da porta do quarto dos bebês se abrindo me tira dos meus pensamentos, olho para ela esperando que fosse o pai dos meus filhos, mas tudo o que vejo é a Nuria com uma das empregadas.

- Senhora. Allin irá arrumar as coisas dos gêmeos, se tiver algo em especial que a senhora queira levar é só dizer a ela.

- Levar? Levar para onde? - questiono sentindo meus batimentos aumentarem assim como a confusão em minha cabeça, enquanto devolvo o Raed ao berço.

- Com a senhora. Seu marido ordenou que arrumasse suas coisas e dos seus filhos...

- O Rael saiu daquele escritório? - questiono a interrompendo antes que ela pudesse continuar.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora