Acordo sozinha na cama na manhã seguinte, assim em como todas as outras depois.
Não, eu e o Rael não dormimos mais juntos depois da noite que ele chegou caindo de bêbado. Mas ele voltou para casa todas as noites seguintes, parecendo mais sóbreo, mas mesmo assim dava para perceber que ele ainda estava bebendo.
Não conversamos mais, e mal nos encontrávamos. Ele chegava todas as noites tarde e seguia direto para o seu quarto sem falar com ninguém. Mas era o suficiente para que eu estranhamente me sentisse bem sabendo que ele estava naquela casa. Era como se antes eu me sentisse tão sozinha, e agora sabendo que havia alguém próximo, eu me sentisse mais segura e amparada, por mais que não interagisse-mos.
Acordo mais cedo naquela manhã, tomo um banho e acabo escolhendo um vestido solto e leve, já que muitas das minhas roupas já não me servem mais. E se não fosse aqueles vestidos largos e longo que Aysha me comprou, eu só tinha meus vestidos soltos que Hanna havia colocado em minha mala. E mesmo assim quando eu o visto, sinto o quanto aperta em minha barriga, mas acabo ficando com ele mesmo.
Prendo meus cabelos em um rabo alto e desço tomar meu café.
Por mais que essa época do ano representasse o inverno na Arábia Saudita, as temperaturas ficavam em torno dos vinte graus. Era um clima ameno, quase uma primavera em Nova York, e eu não queria nem ver como ficaria no auge verão por aqui. Sorte que a casa era toda climatizada.
E enquanto caminho distraída até a sala de jantar, sou surpreendida assim que passo pelas enormes portas, ao perceber que a minha mesa de café da manhã não tão vazia como eu estava acostumada.
Mesmo com Rael dormindo aqui todas as noites, eu nunca o encontrei aqui de manhã cedo. Não sei se fui eu que acordei tão cedo hoje, mas também nunca havia visto a mesa posta para dois como hoje.
- Bom dia! - sua voz soa grave como sempre, mas também suave, o que me obriga a me mover e entrar de vez naquela sala.
- Bom dia! Está tudo bem? - pergunto um tanto que confusa e curiosa enquanto me sento no meu lugar de sempre, que era ao seu lado direito, já que ele estava sentado na ponta.
- Sim, e com vocês? - ele responde despreocupado terminando de passar seu pão
- Estamos bem. - o analiso por um tempo e então decido me servir.
- Continua acordando sempre tão cedo?
Ouço sua pergunta enquanto pego algumas frutas e meio que dou de ombros, me sentindo estranha com aquele momento tão incomum.
- As vezes.
- Senta falta das suas atividades?
Sua pergunta me faz parar enquanto pegava o leite, e quando olho para ele, encontro o olhar do Rael sobre mim parecendo curioso.
- Todos os dias. - assumo.
Ele então volta para seu prato e continua a falar despreocupadamente.
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ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)
RomanceJá se viu em um dilema de ser criado para uma coisa e o futuro reservar algo totalmente diferente para você? Essa é minha história. Sou Rael Al-Naryan, primogênito e herdeiro das empresas da família Al-Naryan, um legado de sheiks, homem fortes e imp...