CAPÍTULO 23

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O que eu lhe diria?

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O que eu lhe diria?

O que eu faria quando a visse?

Eu ia querer que ela me visse, ou eu estava ali apenas para vê-la a distância?

E se ela não quiser me ver?

E se Isadora me dissesse um segundo não?

Como eu reagiria ao ser desprezado uma segunda vez?

Mas que droga! Desde quando eu havia me tornado um covarde?

E desde quando eu corria atrás de uma mulher que havia me desprezado?

O carro para em frente a um belo prédio que não ficava muito longe de onde me encontrei com Osmar, e não precisei pensar duas vezes para sair de dentro daquela carro e entrar no prédio.

Quinto andar, sala B. Eu estava ali. E durante todo o caminho até aqui me questionei infinitas vezes o que eu queria vindo ate aqui. E o que eu diria assim que ela me visse.

Talvez eu começasse com um "Oi. Como você está?". Depois questionaria o que ela fez em todas essas semanas, e por fim perguntaria o que a fez sair do hotel naquele dia. E quem sabe eu a questionaria se ela não havia se arrependido nem uma vez se quer de ter me deixado com meus sentimentos expostos para ela, rendido e entregando o que eu sentia por ela.

O que eu ganhar questionando isso a ela? Eu não sei. Talvez o conforto que não encontrei um dia sequer depois daquela manhã? Ou a minha sanidade que estava perdida por algum lugar neste planeta, mas não estava em minha cabeça me impedindo de fazer uma coisa tão humilhante como essa, de vir atrás de uma mulher que deixou claro que jamais daríamos certo.

Ah, se minha família me visse aqui agora, eles claramente me deserdariam, e com toda a razão. Isso era humilhante, e sabendo disso eu ainda estava me arrastejando por aquele mulher.

Mas assim que entro dentro de uma sala de recepção todos meus questionamentos, frases feitas, e humilhação se apagam.

Tudo ali era muito branco, cheio de flores e almofadas coloridas. Com certeza um ambiente feminino, e só não me sinto pior do que estava me sentindo, quando vejo dois homens também sentados naqueles sofás brancos com almofadas coloridas, ao lado do que deveriam ser suas esposas.

Olho uma recepcionista ruiva, de cabelos curtos e óculos, conversando distraidamente com uma mulher baixinha de cabelos escuros, e aproveito seu momento de distração para ir até o ambiente mais afastado, como uma sala de espera onde me sento em uma poltrona mais retirada.

Aquilo tudo parecia com uma clínica médica, e tive certeza disso, vendo placas douradas com os nomes de médicos em cima das portas brancas que se multiplicam entre os sofás e poltronas.

A música ambiente era calma e relaxante, assim como o barulho de água que vinha de uma mini cascata no outro canto da sala. Mas nem isso havia acalmado meus ânimos. Afinal, o que Hanna e a Isadora estariam fazendo ali? Será que uma delas estava doente e Osmar não quis me contar?

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora